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Estudos alertam para aumento de casos do câncer de intestino em jovens

Pesquisas divulgadas nesta sexta-feira (18/10) indicam que é preciso mudar a forma de combater o câncer colorretal em quem tem menos de 45

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Foto mostra mulher segurando desenho de intestino diante de sua barriga
1 de 1 Foto mostra mulher segurando desenho de intestino diante de sua barriga - Foto: Getty Images

Duas pesquisas médicas adiantadas à imprensa nesta sexta-feira (18/10) sobre o câncer de intestino apontaram para conclusões semelhantes: pessoas com menos de 45 anos que são diagnosticadas com a doença a estão descobrindo em estados mais avançados e costumam ter tumores mais agressivos.

As pesquisas serão divulgadas em conjunto durante o congresso do American College of Surgeons (ACS) 2024, que será realizado de 19 a 22 de outubro em San Francisco, nos Estados Unidos.

As investigações também apontam que pacientes jovens com câncer colorretal (a porção final do intestino) têm consequências adversas diferentes e mais longas do adultos mais velhos com a doença.

Câncer de intestino em pacientes jovens

O primeiro dos estudos foi feito por médicos da Universidade de Chicago e indicou que as taxas de diagnóstico de câncer entre pacientes menores de 45 anos subiram 15% nos últimos 20 anos nos Estados Unidos. Embora ainda representem apenas 5% dos diagnósticos totais dos tumores, os casos em jovens parecem ser proporcionalmente mais graves.

“Outros estudos já demonstraram que o câncer colorretal em adultos jovens tem características moleculares e genéticas mais agressivas. Em conjunto, nossas descobertas destacam a necessidade de revisar as avaliações de risco para melhorar a prevenção e o rastreamento desses cânceres antes que cheguem a estágios mais avançados”, afirma, em comunicado à imprensa, a oncologista Kelley Chan, líder do estudo.

Os pesquisadores de Chicago mostram que o aumento de casos entre jovens teve uma forte associação com obesidade, histórico familiar de câncer intestinal, doença inflamatória intestinal e sintomas como dor abdominal ou sangramento retal.

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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Os danos do câncer colorretal a longo prazo

Outro estudo que buscou entender o aumento de casos entre pessoas com menos de 45 anos foi conduzido pela pesquisadora Samantha Savitch, da Universidade de Michigan. A investigação fez entrevistas aprofundadas com 35 pacientes que sobreviveram ao tratamento do câncer de intestino para entender como o tumor prejudicou suas vidas.

Os pacientes afirmaram que tinham dificuldades de saúde mesmo anos após a conclusão dos tratamentos, como problemas de infertilidade e uma elevada tendência ao diagnóstico de ansiedade, além de não se sentirem aptos a construir uma carreira acadêmica ou profissional por terem “ficado parados” durante o tratamento da doença.

“É importante reconhecer que o câncer atinge a pessoa em um momento em que ela está construindo sua vida e precisa deixar tudo de lado para se tratar. Isso vai além do câncer colorretal: tumores em geral estão aumentando em pacientes mais jovens. Precisamos reestruturar nossos programas para garantir que estamos tratando o paciente e não apenas a doença, permitindo que as pessoas tenham qualidade de vida”, conclui a médica.

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