Estudo: usuários de cigarro eletrônico desenvolvem câncer mais cedo
Fumantes que usam o tabaco tradicional e o cigarro eletrônico ao mesmo tempo apresentariam maior risco de doenças cardiovasculares
atualizado
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Os efeitos negativos do uso de cigarro eletrônico têm sido alvo de constante debate na comunidade médica. Com várias essências e a ideia precipitada de ser mais inofensivo que cigarros tradicionais, os famosos vapes contribuem para o desenvolvimento de doenças pulmonares e cardiovasculares, além de cânceres e tumores.
Uma pesquisa inédita divulgada pela revista World Journal of Oncology mostrou que fumantes de cigarros eletrônicos são diagnosticados com câncer quase 20 anos mais cedo que usuários do tabaco tradicional.
Para a realização do estudo, os pesquisadores de um grupo de universidades americanas analisaram informações de 154.856 pacientes, coletadas entre 2015 e 2018, sobre o histórico de câncer e uso de vape. Da amostra, 5% dos indivíduos eram usuários de cigarros eletrônicos, 31,4% de cigarro tradicional, e 63,6% eram não fumantes.
A conclusão foi que, apesar dos consumidores de vape desenvolverem câncer com menor frequência, quando comparados aos fumantes de cigarros tradicionais, a doença tende a ser detectada mais cedo, em média aos 45 anos. Tabagistas tradicionais recebem o diagnóstico, em média, aos 63 anos.
Risco dobrado
Já os fumantes de vape que também fazem uso de cigarro tradicional apresentaram risco de problemas vasculares maior do que aqueles que consomem apenas um dos dois produtos. De acordo com os pesquisadores, os danos nos vasos sanguíneos aparentemente são provocados pela irritação das vias aéreas, e não por componentes específicos dos cigarros.
Tumores
A pesquisa também revelou que os tumores mais recorrentes nos consumidores de vape (cervicais, de tireoide, pele e leucemia) são diferentes dos observados em fumantes de cigarro tradicional (pulmão, laringe e boca).
O uso contínuo do cigarro eletrônico e semelhantes também danifica significativamente a função dos vasos sanguíneos do corpo, o que eleva a chance do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
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