Estudo: um minuto de exercício poucas vezes ao dia ajuda a viver mais
Poucos minutos por dia de exercício físico extenuante diminuem 40% o risco de morte por qualquer causa, de acordo com pesquisa australiana
atualizado
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Atividades simples diárias, como limpar a casa, brincar com as crianças e fazer caminhadas rápidas podem reduzir o risco de morte por câncer ou doença cardíaca, segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, publicado na revista científica Nature Medicine na última quinta (8/12).
Para a realização da pesquisa, 25.241 residentes do Reino Unido que diziam não praticar exercícios foram acompanhados por sete anos para analisar seus hábitos de saúde. Durante o experimento, os participantes utilizavam um acelerômetro de pulso e os dias de monitoramento eram considerados válidos se o tempo de uso do objeto ultrapassasse 16 horas.
O resultado foi que, mesmo sem frequentar academias, alguns participantes ainda faziam uma dose diária de exercício de forma breve e extenuante, como correr para pegar ônibus e subir escadas.
“Algumas sessões muito curtas, totalizando três a quatro minutos por dia, podem ajudar muito, e há muitas atividades diárias que podem ser ajustadas para aumentar sua frequência cardíaca por mais tempo”, diz o pesquisador Emmanuel Stamatakis, principal autor do estudo.
Menos tempo, benefícios semelhantes
Mesmo sendo atividades de apenas um a dois minutos de cada vez, o movimento foi relacionado a benefícios de saúde semelhantes aos exercícios mais desenvolvidos.
A prática de apenas quatro a seis minutos por dia de atividade vigorosa, distribuída em três sessões, foi associada a um risco 49% menor de morrer de doença cardíaca e até 40% menor de óbito por qualquer causa.
Já até 11 sessões curtas por dia foram ligadas a um risco 65% menor de morrer por doenças cardiovasculares e 49% menor de morrer de câncer, comparado a pessoas que não praticavam nenhuma atividade vigorosa.
Para o aprimoramento dos resultados, mais pesquisas são necessárias. No entanto, as respostas já obtidas no estudo sugerem que movimentar-se mais na rotina diária pode ser uma estratégia útil para melhorar a saúde, mesmo que você não tenha condições de ir à academia.
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