Estudo sugere truque inusitado para melhorar eficiência de máscaras
Pesquisa da Universidade de Cambridge sugere peça clássica do guarda-roupa para ajustar versões cirúrgicas e KN95
atualizado
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Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, sugerem, em artigo publicado na revista científica Plos One na última quarta-feira (2/2), que a população use um pedaço de meia-calça para ajustar as máscaras KN95 e cirúrgica ao rosto e, assim, diminuir a transmissão da Covid-19.
Os pesquisadores compararam várias opções para determinar a melhor forma de eliminar os espaços entre o item de proteção e a pele, como dar um nó na alça, grudar com fita adesiva, preencher a área com gaze, colocar um elástico ou usar a meia-calça.
Segundo os responsáveis pelo levantamento, a meia-calça recebeu a melhor avaliação e pode diminuir a quantidade de partículas virais em até sete vezes quando comparada à máscara sozinha.
Os participantes do experimento usaram cada um dos métodos durante sete minutos, e precisaram virar a cabeça, falar, sorrir, respirar leve e como se estivessem cansados. Os pesquisadores mediram a eficiência de filtragem de cada item, e os resultados mostraram que as melhores combinações eram aquelas que tinham menos espaço entre o rosto e equipamento de proteção, pois o ar só entra se for filtrado.
Os métodos menos eficazes foram, para a KN95, apertar os elásticos e usar gaze para diminuir os espaços. Para a versão cirúrgica, dar um nó nas alças foi o menos útil para melhorar a vedação.
Os cientistas entendem que a sugestão é polêmica e teria impacto “social e físico”, e que “provavelmente não seria tolerada por longos períodos de tempo”. A maioria dos macetes, inclusive os mais efetivos, são desconfortáveis, afirmam. Eles acreditam que, ainda assim, os resultados podem ajudar os fabricantes a criar modelos melhores e mais eficientes.