Estudo relaciona hábitos noturnos a maior risco de diabetes tipo 2
Ficar muito tempo acordado deixa o corpo ainda mais resistente à insulina, responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue
atualizado
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Após um longo dia de trabalho ou de estudos, muitas pessoas aproveitam o período da noite para maratonar a série preferida, ficar no celular conversando com amigos ou ler um livro até altas horas da madrugada. A rotina ajuda a descontrair e relaxar depois de um dia cheio, porém, é preciso ficar atento à quantidade de tempo dedicada a ela.
Virar a noite acordado pode ser muito ruim para o organismo. O hábito facilita, inclusive, o desenvolvimento de diabetes tipo 2, segundo descoberta recente de pesquisadores da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos. No estudo publicado esta semana na revista científica Experimental Physiology, os especialistas relatam que pessoas que dormem mais tarde acabam acumulando uma maior quantidade de gordura, um dos principais fatores de risco para diabetes tipo 2.
Além disso, o estudo descobriu que os hábitos de indivíduos noturnos estão diretamente relacionados a uma elevada resistência metabólica à insulina, responsável por controlar o açúcar no sangue, conferindo, assim, maiores chances de ter diabetes em algum momento da vida. Para os pesquisadores, a observação “é mais um avanço na compreensão de como os ritmos do sono podem afetar a saúde”.
O corpo ajuda a quem cedo madruga
Foram avaliados 51 voluntários saudáveis por duas semanas, divididos entre dois grupos: um dos que acordam muito cedo e o outro de indivíduos que dormem tarde da noite. Todos seguiram a mesma dieta e faziam quantidade igual de exercícios físicos. Os participantes foram orientados a não comer à noite, para não prejudicar os resultados da atividade metabólica.
Durante o levantamento, eles tiveram o corpo monitorado durante o sono, além de medição de massa corporal, sensibilidade à insulina, pressão arterial e batimentos cardíacos no repouso e no exercício. Segundo os pesquisadores, após todas as análises, um risco menor de desenvolver a doença foi encontrado nas pessoas que acordavam e iam dormir mais cedo.
Os chamados madrugadores “são mais ativos fisicamente e têm níveis de condicionamento físico mais altos do que aqueles que vão dormir tarde, geralmente mais sedentários ao longo do dia”, afirmam os cientistas. Eles têm mais tempo durante o dia para queimar a gordura ou transformá-la em energia, diminuindo a possibilidade de desenvolver a doença.
Os pesquisadores afirmaram que, apesar dos resultados, mais pesquisas são importantes para confirmar as relações entre o ciclo de vigília e sono e a atividade metabólica. Um dos próximos passos é identificar qual tipo de exercício é bom para as pessoas que dormem tarde e qual é o melhor horário para queima de gordura.
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