Estudo relaciona atividade física intensa a problemas cardíacos
Pesquisa mostrou que prática acelera o acúmulo de placas de cálcio nas artérias, mas cientistas afirmam que benefícios ainda são maiores
atualizado
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Pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, descobriram evidências de que a prática de atividades físicas intensas acelera o acúmulo de placas de cálcio nas artérias dos praticantes, aumentando assim o risco de doenças cardíacas.
Os resultados do polêmico estudo foram publicados nesta terça-feira (21/9), no jornal científico britânico Heart. Os cientistas ponderam, no entanto, que os resultados não significam que as atividades físicas sejam prejudiciais para o coração e afirmam que se exercitar continua sendo “uma das melhores maneiras de tentar controlar o risco cardiovascular”.
Eles acompanharam 25.485 adultos saudáveis da Coreia do Sul por três anos e compararam a quantidade de exercícios que eles faziam com os níveis de cálcio. No geral, as pessoas que se exercitavam mais apresentavam níveis mais altos de cálcio nas artérias.
Altos níveis de cálcio e a formação dessas placas causam o endurecimento e estreitamento das artérias por meio de estresse mecânico nos vasos, diminuindo o fluxo sanguíneo e a entrega de oxigênio para os órgãos.
O problema é, geralmente, associado ao tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade e outros problemas de saúde , e é apontado como um dos maiores fatores de risco de doenças cardíacas e ataques cardíacos. Os autores do estudo pedem que os médicos sejam cautelosos ao analisar os exames que medem o nível de cálcio no sangue, sugerindo que as placas não calcificadas podem ter maior relevância para o risco de ataques cardíacos.