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Estudo rejuvenesce rato com injeção de fluido cerebral de animal jovem

Como nos filmes, pesquisa da Universidade de Stanford usou líquido encontrado no cérebro para reverter envelhecimento cerebral de camundongo

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Adam Gault/Getty Images
Cientista olhando para ratos de laboratório
1 de 1 Cientista olhando para ratos de laboratório - Foto: Adam Gault/Getty Images

A dica já havia sido dada por vários filmes: e se existisse um soro da juventude (normalmente “extraído” de vítimas jovens) que não só interrompe o envelhecimento, mas também rejuvenesce o receptor? Na vida real, a ciência está cada vez mais próxima de encontrar uma maneira de lidar com os efeitos do tempo.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram como reverter alguns problemas de degeneração cognitiva causados pela idade — porém, apenas em ratos, por enquanto.

Os animais mais velhos (de 18 a 22 semanas de vida) que receberam fluido cérebro espinhal de camundongos jovens (menos de 10 semanas de idade) passaram por testes de memória e de velocidade de reação e se mostraram mais “jovens” do que os ratinhos com a mesma idade que não receberam o líquido.

“Sabemos que a composição do fluido cérebro espinhal muda com a idade e, na verdade, essas mudanças são usadas rotineiramente na prática clínica para medir a saúde do cérebro e os marcadores de algumas doenças”, explicou o neurologista Tal Iram, um dos autores do estudo, ao site ScienceAlert. “Porém, ainda não sabemos como essas mudanças afetam a função das células no órgão que está envelhecendo”, completou.

“Líquido da juventude” pode ser ativado por gene

Uma das descobertas mais interessantes do estudo é a possibilidade de os benefícios da técnica serem conseguidos com a ativação de genes, sem que seja necessário retirar o líquido de um animal mais jovem.

“Quando olhamos com cuidado as mudanças genéticas que aconteceram no hipocampo (região do cérebro associada à memória e ao declínio cognitivo), encontramos, para a nossa surpresa, uma forte assinatura de genes de oligodendrócitos”, explicou o neurologista.

Os oligodendrócitos são um tipo de célula do cérebro que fornece suporte e isolamento aos axônios (o “corpo” do neurônio) criando a bainha de mielina — o desgaste dessa proteção está ligado ao desenvolvimento de esclerose múltipla, por exemplo.

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros

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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais

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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes

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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos

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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição

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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais

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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem

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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil

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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas

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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência

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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência

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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo

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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência

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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas

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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização

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Os oligodendrócitos dos animais mais velhos, quando expostos ao fluido do cérebro espinhal jovem, se proliferaram com mais eficiência e produziram mais bainhas de mielina, comprovando o rejuvenescimento.

Os cientistas alertam que a pesquisa ainda precisa de muito desenvolvimento até chegar ao ponto de ser usada em humanos, mas abre portas para terapias gênicas que evitem o desgaste cognitivo e ajudem a tratar a demência.

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