1 de 1 Imagem colorida de um homem medindo a própria barriga com uma fita métrica - Metrópoles
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Um novo estudo publicado na revista científica JAMA na última sexta (3/6) mostra que pacientes que fizeram cirurgia bariátrica têm 32% menos risco de desenvolver câncer e 48% menos chance de morrer da doença, caso sejam diagnosticados, em comparação com pessoas obesas que não perderam peso.
A pesquisa do Bariatric and Metabolic Institute, nos Estados Unidos, envolveu 30 mil adultos com obesidade, que foram acompanhados por 10 anos. Entre as pessoas que fizeram a cirurgia bariátrica, a média de peso perdido foi de 24,9 quilos. Segundo os cientistas, quanto maior o emagrecimento, menor a chance de ter câncer.
Os voluntários que participaram do estudo foram comparados com indivíduos com peso semelhante, etnicidade, sexo e idade próximos e o mesmo histórico médico. Em média, os participantes tinham 46 anos e um índice de massa corporal (IMC) de 45, equivalente a “obesidade severa” — é o equivalente a uma pessoa de 1,72m com 136 kg.
A obesidade é um forte fator de risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer, como endometrial, de fígado, rins, mama, esôfago e colorretal, por exemplo. Os cientistas não sabem exatamente como as duas doenças estão relacionadas, mas uma pista é que as células de gordura liberam citocinas, que são proteínas relacionadas à inflamação e que podem acabar estimulando o crescimento de tumores.
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
miriam-doerr/istock
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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Pessoas com obesidade também tendem a ter níveis altos de alguns hormônios, principalmente os associados à insulina, o que pode estimular os cânceres colorretal, de próstata, endométrio e rins.
Apesar de o estudo tratar principalmente sobre pacientes com obesidade que fizeram bariátrica, os cientistas afirmam que os dados devem ser semelhantes em pessoas que emagrecem sem o procedimento cirúrgico. É necessário perder de 20% a 25% do peso corporal para ter os benefícios contra o câncer.
Em entrevista ao jornal The New York Times, o médico Steven E. Nissen, um dos autores do levantamento, explica que os resultados são importantes como mensagem de saúde pública. “Acho que grande parte do público não entende ou percebe que a obesidade é um fator de risco tão grande para câncer, e certamente não sabem que é reversível”, diz.
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