Estudo avalia se Ozempic reduz risco de câncer de intestino
Pesquisa do King’s College London pretende avaliar impacto de medicamentos como Ozempic na prevenção do câncer colorretal
atualizado
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Pesquisadores do King’s College London, da Inglaterra, acreditam que a nova geração de medicamentos para diabetes e obesidade, como o Ozempic e o Wegovy, pode causar uma “revolução” no combate ao câncer de intestino.
Estudos publicados sugerem que as injeções semanais reduzem o risco do desenvolvimento do câncer, pois diminuem a inflamação e melhoram o metabolismo dos pacientes.
Agora, os professores Tim Spector e Sarah Berry, do King’s College London, tentarão aprofundar o assunto em uma nova pesquisa. Eles investigarão a ligação entre as bactérias que compõem o microbioma intestinal e os cânceres colorretais.
O projeto de cinco anos é financiado pelo Cancer Research UK e pelo instituto Bowelbabe Fund. A pesquisa contará com ensaios clínicos com pessoas que usam os medicamentos para perda de peso para avaliar o impacto delas no microbioma.
“Acredita-se que, se certas bactérias estiverem presentes no microbioma, você pode ter mais probabilidade de desenvolver a doença. Se pudermos confirmar isso, é possível que os médicos consigam descobrir, a partir de uma amostra de fezes, se você corre risco de ter tumores no futuro”, explicaram os professores, em entrevista ao jornal Daily Mail.
Ozempic e câncer
O Ozempic e o Wegovy têm a semaglutida como princípio ativo. A substância simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino, e regula a glicemia (nível de açúcar no sangue) e as respostas da saciedade.
Um estudo apresentado em junho na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizada em Chicago, mostrou evidências de que os medicamentos com semaglutida podem reduzir o risco de vários tipos de câncer, incluindo mama, intestino, pâncreas e ovário.
Pacientes obesos que utilizaram essas medicações apresentaram uma probabilidade quase 20% menor de desenvolverem tumores, segundo o trabalho.
Embora os pacientes que utilizaram o medicamento não tenham perdido tanto peso quanto os que foram submetidos à cirurgia bariátrica, ambos os grupos tiveram cerca de 19% menos probabilidade de desenvolver cânceres quando comparados às pessoas obesas que não receberam qualquer tratamento.
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