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Estudo mostra que solidão pode estar associada a inflamações em homens

Pesquisadores investigaram se a quantidade de términos de relacionamentos e o número de marcadores inflamatórios estão relacionados

atualizado

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Noah Silliman/Unsplash
Homem sozinho em frente à janela
1 de 1 Homem sozinho em frente à janela - Foto: Noah Silliman/Unsplash

Corações partidos e solidão são condições que podem estar associadas a inflamações em homens, indica estudo. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, investigaram se a quantidade de términos de relacionamentos e de anos vividos sozinho têm impactos na saúde das pessoas.

Ao todo, os cientistas analisaram 4.835 participantes do Copenhagen Aging and Midlife Biobank (CAMB), com idade entre 48 e 62 anos. Foram 3.336 homens e 1.499 mulheres. Os indivíduos indicaram os anos que viveram sós e por quantos relacionamentos amorosos já tinham passado.

As informações foram relacionadas com a presença de substâncias que marcam a resposta inflamatória, um mecanismo do sistema imunológico para se defender e garantir o equilíbrio do organismo. Esses marcadores foram medidos em amostras de sangue. Além disso, dados como escolaridade, índice de massa corporal e doenças crônicas também foram levados em consideração.

“Para os homens, foi encontrada associação entre um número crescente de rompimentos de parceria ou número de anos vivendo sozinho e níveis mais elevados de marcadores inflamatórios. Não foi encontrada tal associação para as mulheres, e nenhuma evidência de rompimentos de parceria e nível educacional com efeito conjunto foi encontrada para ambos os sexos”, afirma o estudo.

Pelo menos 54% das mulheres e 49% dos homens participantes viveram mais de um ano sozinhos. Entretanto, os participantes masculinos que passaram por términos de relacionamentos tiveram 17% mais marcadores inflamatórios. Os níveis das substâncias que indicam resposta inflamatória foram até 12% maiores no grupo de homens que passou 7 ou mais mais anos vivendo sozinho.

As associações, recorrentes entres os homens, não foram encontradas entre as mulheres. “Os achados sugerem uma forte associação entre anos vividos sozinhos ou número acumulado de rompimentos de parceria e inflamação de baixo grau para homens de meia-idade, mas não para mulheres”, ressalta o documento.

O estudo foi publicado na revista científica Journal of Epidemiology & Community Health. O Centro de Envelhecimento Saudável, da Universidade de Copenhague, financiou o estudo.

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