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Estudo mostra que face shield não impede coronavírus de se espalhar

Pesquisa mostra que 100% das gotículas liberadas ao falar e ao respirar não são barradas pela proteção de plástico

atualizado

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Silhueta de mulher usando protetor face shield
1 de 1 Silhueta de mulher usando protetor face shield - Foto: May James/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Protetores faciais de plástico, os face shield se popularizaram em meio à pandemia do novo coronavírus, sendo recomendadas principalmente para os doentes e também para profissionais como os de saúde, cabeleireiros, barbeiros, manicures, tatuadores, entre outros. No entanto, um estudo alerta que as viseiras não oferecem segurança contra a Covid-19.

A pesquisa realizada pela instituição de pesquisa Riken Center, no Japão, mostrou que quase 100% das minúsculas gotículas transportadas pelo ar, liberadas por pacientes infectados com o coronavírus, escapam pelas viseiras.

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Por meio de uma simulação em computador, os cientistas analisaram que gotículas aéreas menores que cinco micrômetros de tamanho, que são liberadas ao falar e respirar, escaparam pelos face shields.

Metade das gotas maiores que 50 micrômetros de tamanho – emitidas por tosses e espirros – encontraram seu caminho para o ar, representando um risco para outras pessoas. Um micrômetro é um milionésimo de um metro.

A questão é que o face shield não cobre completamente o rosto e sobra espaço livre para que as gotículas expelidas escapem do paciente contaminado ou no caso contrário, quando o profissional usa para não ser contaminado.

Uso sempre com máscara

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirma que os protetores faciais podem ajudar a prevenir contaminação pelo SARS-CoV-2.

Mas a agência afirma que eles só funcionam em combinação com outras medidas de segurança, como uso de máscara. O distanciamento social e lavagem frequente das mãos também são outras medidas eficazes.

Nos hospitais, por exemplo, médicos, enfermeiras e outros funcionários de hospitais na linha de frente da Covid-19, usam as viseiras, mas obrigatoriamente com a adição de uma máscara cirúrgica.

Makoto Tsubokura, líder da equipe do estudo realizado pelo Riken Center no Japão, reitera que àqueles que foram aconselhados a não usar máscaras faciais, como aqueles com problemas respiratórios subjacentes ou crianças pequenas, podem usar os face shields, desde que o uso ocorre apenas em ambientes externos ou internos com ventilação adequada.

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