Estudo mostra que exercício remoto é eficaz para idosos com câncer
Pesquisa brasileira mostra que exercício remoto supervisionado diminuiu dores, depressão e ansiedade em pacientes idosos com câncer
atualizado
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Um time de pesquisadores brasileiros mostrou, pela primeira vez, que a prática de exercícios físicos orientados de maneira remota é eficaz para pacientes idosos com câncer. O levantamento, feito pelo Oncoclínicas & Co, foi apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), o maior congresso sobre câncer do mundo, que aconteceu esta semana nos Estados Unidos.
Participaram do estudo 41 idosos com média de 70 anos. Eles foram inscritos em um programa de atividades supervisionado remotamente por 12 semanas, com exercícios de resistência e aeróbicos que duravam de três a cinco horas por semana. Todos os voluntários tinham câncer de mama (26,8%), genitourinário (22,0%) ou de pulmão (17,1%), e todos foram diagnosticados em estágios avançados.
Os resultados da pesquisa mostraram que incorporar o programa remoto de atividades físicas na rotina pode melhorar o bem-estar do paciente, mas também diminuir os sintomas que estão associados ao tratamento contra o câncer.
“Entre os benefícios relatados estão a redução de dor, fadiga e náusea, além de uma diminuição significativa nos níveis de depressão e ansiedade. A implementação de projetos que estimulem o exercício pode representar um grande avanço na oncologia e, certamente, ajudar sobremaneira na qualidade de vida dos pacientes e no manejo de efeitos colaterais de tratamentos em curso ou eventuais sequelas de tratamentos anteriores”, explica o médico oncologista Paulo Bergerot, que liderou o estudo.
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