1 de 1 pessoa se pesando em balança
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Apesar de necessário para o controle da pandemia, o lockdown tem um efeito colateral indesejado para muitas pessoas: o ganho de peso. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, adultos submetidos às regras de restrição de circulação acumularam cerca de 907 gramas a cada 30 dias dentro de casa. O estudo foi publicado na revista científica JAMA.
A pesquisa analisou dados de 269 participantes que estavam envolvidos em um estudo de cardiologia já em andamento, chamado Health eHeart Study. Os voluntários foram orientados a se pesarem regularmente em balanças conectadas por Bluetooth. Os pesquisadores coletaram 7.444 medições de peso ao longo de um período de quatro meses — uma média de 28 pesagens de cada um dos participantes.
Dentro do universo de dados, os pesquisadores se concentraram nas medições de peso feitas entre 1º de fevereiro de 2020 a 1º de junho do mesmo ano, a fim de observar as variações de peso antes e depois das ordens de lockdown nos estados norte-americanos.
Segundo os cientistas, as restrições de circulação afetaram o tipo de dieta e a frequência com que as pessoas comiam. Em resumo, os voluntários começaram a comer mais e pior e, somados, esses dois fatores contribuíram para um ganho de peso generalizado. O lockdown também reduziu a atividade física diária, mesmo aquela do dia a dia, feita fora da academia.
“Se você pensar em pessoas que se deslocam diariamente, até mesmo correndo para o metrô ou ponto de ônibus, ou entrando nos correios para enviar uma carta, ou parando na loja – queimamos muitas calorias em atividades diárias sem exercícios”, afirmou Leanne Redman, professora de fisiologia clínica no Pennington Biomedical Research Center, uma das autoras do estudo.
Dicas para controlar o peso
Para evitar o ganho de peso durante o lockdown, é necessário privilegiar uma alimentação saudável. “Precisamos gerar um comportamento alimentar positivo, nos mantendo atentos à qualidade dos alimentos”, afirma a nutricionista Isabela Zago, da clínica Go Nutri. De acordo com ela, a hora de fazer compras e escolher o que vai no carrinho é uma das mais importantes. “Ter a despensa cheia de salgadinhos, chocolates e biscoitos recheados é um perigo em momentos em que as emoções estão tão afloradas”, comenta.
Isabela sugere que as pessoas cozinhem em casa como alternativa para garantir a qualidade e variedade do próprio cardápio. Ao fazer a própria comida, as pessoas conseguem dar preferência a proteínas mais magras e controlam melhor a ingestão de sal. Também privilegiam ingredientes mais frescos. “Preparar a própria comida reduz o consumo de gorduras, açúcar e sal, facilitando a manutenção do peso, da saúde e da qualidade de vida”, reforça.
Para a nutricionista Laura de Souza Silva, uma das melhores estratégias é tentar se manter ativo. Neste sentido, valem exercícios dentro de casa, na escada do prédio ou via aplicativos. “Ficar em casa acaba dando mais vontade de comer. Fazer exercício faz com que a ingestão e a queima calórica fiquem mais equilibradas”, justifica.
Outra orientação de Laura é evitar ao máximo “beliscar”, ou seja, comer pequenos lanchinhos em curtos períodos de tempo. “Ter por perto petiscos mais saudáveis, como frutas picadas na geladeira, facilita superar momentos de ansiedade e de fome fora de hora”, ensina.
Veja as melhores dietas para manter uma alimentação saudável:
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
David B Townsend/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação
Sharon Chen/Unsplash
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