metropoles.com

Estudo indica que vacina de febre amarela pode ser usada contra a zika

Pesquisadores do Rio de Janeiro divulgaram trabalho recente associando o uso da imunização existente no combate aos efeitos do vírus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
nechaev-kon, Istock
zika vacina
1 de 1 zika vacina - Foto: nechaev-kon, Istock

A vacina de febre amarela, considerada eficiente, certificada e disponível há anos na rede pública de saúde, pode servir para proteger contra o zika vírus. A informação foi divulgada por 16 pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), de acordo com a BBC Brasil.

A pesquisa, que está em fase de revisão para ser publicada em sites científicos, concluiu que a vacina da febre amarela protegeu camundongos da infecção do vírus em laboratório, reduzindo a carga viral no cérebro e prevenindo deficiências neurológicas.

Atualmente, sabe-se que tanto a zika quanto a febre amarela são transmitidas por um vírus da família dos Flavivírus. Dentro da hipótese a ser verificada, os pesquisadores também consideraram o fato de a maior incidência de zika estar no Nordeste do pais, onde está a menor cobertura vacinal para febre amarela.

Foram realizados testes com dois grupos de camundongos, sendo um de animais saudáveis e outro de espécimes com o sistema imune comprometido, estes mais suscetíveis à propagação do vírus. Uma parte dos camundongos recebeu a vacina de febre amarela e o restante, somente uma solução salina, sem nenhum efeito imunológico. Em seguida, todos receberam injeções intracerebrais do vírus da zika, de modo a simular infecções com alto índice de letalidade.

O resultado mostrou que os animais que não receberam a vacina e já estavam com o sistema imune comprometido morreram. Entre os vacinados, até mesmo os com a imunidade baixa sobreviveram. Todos, no entanto, apresentaram carga viral extremamente reduzida no cérebro.

Desde 2016, cientistas brasileiros estão em busca de uma vacina eficaz contra o zika vírus, que provoca microcefalia e malformações neurológicas em bebês, além de estar associado ao surgimento da síndrome de Guillain-Barré em adultos. Os pesquisadores da UFRJ estão há dois anos trabalhando nessa pesquisa. O próximo passo será repeti-la com primatas.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?