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Estudo indica eficácia do ecstasy no tratamento de vítimas de abuso sexual

O uso assistido do MDMA reduziu o medo, ansiedade, náusea e pânico de pessoas com estresse pós-traumático causado pela violência

atualizado

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Ecstasy pilulas drogas
1 de 1 Ecstasy pilulas drogas - Foto: Reprodução

Um estudo realizado por pesquisadores de universidades brasileiras e dos Estados Unidos sugere que o uso assistido do MDMA, o princípio ativo do ecstasy, pode se tornar viável para o tratamento de pessoas com estresse pós-traumático (TEPT) provocado por abuso sexual. Sintomas como medo, ansiedade, náusea e pânico tiveram redução de, ao menos, 30% entre eles.

Os resultados da pesquisa foram publicados na Revista Brasileira de Psiquiatria. Dos 60 voluntários inscritos, apenas quatro preencheram todos os critérios de inclusão. Destes, três eram pacientes com TEPT provocado por abuso sexual, com 45, 35 e 41 anos de idade. Eles passaram por 15 sessões de terapia semanais. Foram três sessões de oito horas com MDMA administrado por via oral, cada uma seguida por consultas de psicoterapia integrativa de 90 minutos de duração cada.

Os pesquisadores estavam interessados ​​em determinar se os métodos e premissas da substância seriam eficazes em uma amostra brasileira de pacientes com TEPT, dadas as altas prevalências nacionais de abuso sexual, o alto risco condicional de desenvolver TEPT e os desafios no tratamento do trauma.

De acordo com o estudo, houve mudanças na emoção, cognição, pressão arterial, freqüência cardíaca e temperatura dos voluntários. Os eventos adversos mais frequentes foram dores somáticas e angústia, mas nenhum foi considerado grave.

“Embora existam vários tratamentos psicoterapêuticos e farmacoterapêuticos para TEPT, a resposta ao tratamento é insuficiente para uma proporção considerável de pacientes. Uma alternativa promissora em desenvolvimento no exterior é a psicoterapia assistida por 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA-AP), que recebeu uma designação de ‘terapia inovadora’ pela Food and Drug Administration dos EUA após concluir os testes da Fase 2”, afirmam os cientistas no estudo.

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