1 de 1 Foto de dois idosos sorrindo embaixo de cobertor - Metrópoles
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A sexualidade na velhice ainda é rodeada de tabus. Pesquisadores do Hope College Michigan, nos Estados Unidos, apresentaram neste mês mais um bom motivo para que idosos façam sexo: a prática frequente pode ajudar a manter o cérebro saudável nas idades mais avançadas, preservando as funções cognitivas.
“A frequência sexual é importante em idosos porque, independente da qualidade sexual, o sexo é benéfico para a saúde”, escreveram os cientistas em um artigo publicado no Journal of Sex Research.
Para fazer o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 1.683 mulheres e homens com idades a partir de 62 anos que participaram de um levantamento populacional de longo prazo dos EUA chamado Projeto Nacional de Vida Social, Saúde e Envelhecimento.
A partir dele, foi possível avaliar as pontuações de testes cognitivos em diferentes áreas, incluindo memória de trabalho, atenção e habilidades visuoespaciais.
Os participantes do estudo que afirmaram ter uma vida sexual “muito prazerosa e satisfatória” tiveram os melhores resultados em testes de avaliação da saúde cognitiva cinco anos depois, em comparação com os demais voluntários da pesquisa.
A resposta pode estar na regulação do estresse durante e após o sexo, acreditam os pesquisadores. “O estresse impede a nova formação de neurônios (neurogênese) no hipocampo, uma área do cérebro associada à memória. Adultos mais velhos que têm atividades sexuais satisfatórias podem experimentar diminuição do estresse, protegendo a neurogênese”, explicam os autores da pesquisa.
O sexo e o orgasmo também estão relacionados à liberação de uma onda de dopamina no cérebro. “Assim, as pessoas com relacionamentos sexualmente mais satisfatórios podem experimentar níveis mais elevados do hormônio do prazer, que tem sido associado à melhora da memória em adultos mais velhos”, afirmam.
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O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceiros
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É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais
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Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientes
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O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidos
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Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condição
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O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebrais
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As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagem
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A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil
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Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas
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Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência
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Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência
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Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo
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Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência
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Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas
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Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorização
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Quantidade ou qualidade?
O ideal seria unir os dois, mas os pesquisadores afirmam que entre os 75 e 90 anos, o sexo frequente – mesmo que não seja tão bom – já é suficiente para beneficiar o cérebro.
Pessoas nessa faixa etária que praticam alguma atividade sexual uma vez por semana, não necessariamente o sexo com outra pessoa ou com orgasmos, tinham pontuações maiores em testes cognitivos em comparação aos que não fizeram sexo no ano anterior.
O efeito foi compatível com a pontuação de pessoas com histórico de educação mais longo. Pesquisas anteriores já mostraram os benefícios de estudar por mais anos como um “remédio” de longo prazo para a saúde do cérebro.
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