Estudo identifica genes que estariam ligados a casos graves de Covid-19
De acordo com os pesquisadores, a descoberta é importante para auxiliar os médicos a escolherem o melhor tratamento para os pacientes
atualizado
Compartilhar notícia
Um estudo norte-americano com 81 mil pessoas identificou genes que estariam ligados a casos graves de Covid-19. Publicada na BMC Medicine na última quarta-feira (15/7), a descoberta pode ser importante aliado na orientação sobre o tratamento escolhido para combater o novo coronavírus.
A pesquisa liderada pelo centro médico acadêmico Cleveland Clinic investigou a suscetibilidade genética à Covid-19. Para isso, examinou os polimorfismos (diferentes formas) de DNA das pessoas.
Considerando os genes ACE2 e TMPRSS2 como os principais do SARS-CoV-2, os cientistas encontraram neles polimorfismos que sugerem relação direta com os quadros graves da infecção.
As variações na sequência de DNA da ECA2 estão mais associadas a condições cardiovasculares e pulmonares, enquanto os polimorfismos únicos, mas predominantes, no TMPRSS2, podem fornecer explicações potenciais para a suscetibilidade genética diferencial à Covid-19, bem como para fatores de risco, incluindo câncer e o grupo de alto risco de pacientes do sexo masculino.
O estudo destaca que os polimorfismos no ACE2 ou TMPRSS2 podem orientar tratamentos personalizados por parte dos médicos. Com a identificação da suscetibilidade genética à Covid-19, os pesquisadores sugerem que os médicos considerem a genética humana para combater a pandemia e escolher o melhor tratamento para cada paciente.
A ressalva dos próprios cientistas é que a pesquisa foi realizada com a população em geral, não necessariamente com infectados pelo novo coronavírus. Desta forma, pretendem continuar os estudos.