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Estudo identifica adolescentes com distúrbios psiquiátricos pós-Covid

Jovens norte-americanos apresentaram sintomas como paranoia, dificuldade de concentração, ideias suicidas e agressividade após a doença

atualizado

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Ilustração mostra o cérebro humano em contraste de luzes brancas
1 de 1 Ilustração mostra o cérebro humano em contraste de luzes brancas - Foto: Svisio, Istock

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, identificaram três adolescentes que desenvolveram distúrbios psiquiátricos após a infecção provocada pelo novo coronavírus. Esse tipo de sequela é considerado raro, especialmente entre pacientes mais jovens.

Os adolescentes desenvolveram quadros que incluíam paranoia, dificuldade de concentração, ideias suicidas, agressividade, instabilidade emocional, insônia e anorexia.

Em um artigo publicado na segunda-feira (25/10), no JAMA Neurology, os pesquisadores sugerem que os sintomas podem ser consequência de uma resposta imunológica aos efeitos da infecção viral no cérebro.

“Como neurologistas, estamos acostumados a pensar que essas coisas estão ocorrendo após fenômenos infecciosos. Sabemos, com base na literatura sobre Sars, que houve uma incidência razoável de ventos assim”, disse o médico Sam Pleasure, professor de neurologia da UCSF e coautor do estudo, ao jornal Daily Mail.

O que se sabe sobre a vacinação de adolescentes contra Covid-19

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A vacina da Pfizer/BioNTech é a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no Brasil
A autorização para o uso emergencial em adolescentes com 12 anos ou mais foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho deste ano
A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileira
Além de proteger os jovens contra os efeitos da infecção, a vacinação contribui para reduzir a circulação viral, protegendo também adultos e idosos mais vulneráveis
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As principais agências regulatórias de medicamentos do mundo já aprovaram a imunização de adolescentes com 12 anos ou mais contra a Covid-19

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A vacina da Pfizer/BioNTech é a única que pode ser aplicada em menores de 18 anos no Brasil

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A autorização para o uso emergencial em adolescentes com 12 anos ou mais foi dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em junho deste ano

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A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileira

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Além de proteger os jovens contra os efeitos da infecção, a vacinação contribui para reduzir a circulação viral, protegendo também adultos e idosos mais vulneráveis

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A miocardite (inflamação do coração) foi apontada por estudos como um dos efeitos colaterais após a vacinação com imunizantes de RNA, como Pfizer e Moderna. O evento é considerado muito raro

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A miocardite é mais comum entre os jovens, observada com maior frequência entre os meninos após a segunda dose. Ela pode causar dor no peito e batimentos cardíacos acelerados, sintomas que desaparecem em poucos dias

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Cientistas alertam que o risco de desenvolver miocardite após a infecção pelo novo coronavírus é até seis vezes maior do que após a vacina e reforçam a necessidade da imunização

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Os pesquisadores reuniram testes médicos e dados de triagem dos três pacientes enquanto eles estavam hospitalizados para tratar os problemas psiquiátricos.

Ansiedade, paranoia e depressão

O primeiro adolescente tinha histórico de ansiedade e depressão antes de adoecer com a Covid-19. Depois da infecção, ele desenvolveu sintomas severos de paranoia, acreditando ser seguido por outras pessoas, com delírios de perseguição. Ele começou a se sentir melhor depois de iniciar um tratamento de imunoterapia, estando totalmente recuperado após um mês.

O segundo paciente tinha histórico de ansiedade e alguns tiques mentais. No estudo, os pesquisadores contam que ele não chegou a ter o diagnóstico de Covid-19 enquanto estava doente, mas um teste de anticorpos mostrou que ele havia sido infectado.

O jovem passou a ter problemas de concentração e desenvolveu sentimentos de tristeza, agressividade, ideação suicida, instabilidade de humor e insônia. O adolescente recebeu tratamento intermitente por seis meses, conseguindo alguma melhora, mas ainda apresenta problemas psiquiátricos persistentes.

O último adolescente relatou ter quatro dias de “comportamento estranho”, com insônia e anorexia, até procurar atendimento médico. Ele contou ter ingerido uma substância desconhecida quando os sintomas começaram, mas os testes toxicológicos não conseguiram detectá-la.

Apesar de as evidências que relacionam os sintomas à infecção do coronavírus, os pesquisadores não descartam a hipótese de a substância que o adolescente consumiu estar associada ao quadro, uma vez que os sintomas desapareceram completamente em alguns dias.

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