1 de 1 Mãe chama atenção do filho com megafone
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À medida que crescem, os adolescentes parecem perder cada vez mais o interesse pelas conversas familiares, deixando de responder as interações com os pais. Um novo estudo feito por cientistas da Universidade de Stanford, na Califórnia, mostra que esse desinteresse não é intencional e sim uma adaptação do cérebro.
A pesquisa, publicada no fim de abril no Journal of Neuroscience, analisou imagens dos cérebros de crianças e adolescentes enquanto eles ouviam uma gravação da voz de sua mãe dizendo três palavras sem sentido e outra com a voz de um estranho dizendo a mesma coisa.
Os pesquisadores observaram que quando as crianças mais novas – de até 12 anos – ouvem a voz da mãe, as regiões cerebrais de processamento de recompensa têm uma resposta maior em comparação com quando ouvem vozes não familiares e desconhecidas.
No entanto, essa reação muda a partir dos 13 anos, independentemente do sexo. “Surpreendentemente, os adolescentes mais velhos mostram o efeito oposto, com maior atividade para a voz não familiar em comparação com a voz da mãe”, afirmam.
O mesmo aconteceu com o córtex pré-frontal ventromedial, que é a parte do cérebro que ajuda a determinar qual informação social é mais valiosa. Isso ocorre como um sinal de que o cérebro está amadurecendo e desenvolvendo habilidades sociais. Agora, as vozes dos amigos e pessoas do seu convívio social despertam maior interesse.
“Quando adolescente, você não sabe que está fazendo isso. Você está apenas sendo você: tem seus amigos e quer passar tempo com eles. Sua mente está cada vez mais sensível e atraída por eles”, explica o pesquisador Daniel Abrams, um dos autores do estudo.
O neurocientista Vinod Menon, do mesmo grupo de pesquisa, também sai em defesa dos adolescentes. “Quando eles parecem estar se rebelando por não ouvirem seus pais, é porque estão programados para prestar mais atenção às vozes fora de casa”, diz.
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O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica de causas genéticas que pode acometer pessoas em qualquer idade. É caracterizado, principalmente, por sintomas de desatenção
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Além disso, a impulsividade e inquietude são alguns dos sintomas mais frequentes entre as pessoas com TDAH. Apesar de ser mais comum em crianças e adolescentes, a condição também pode se manifestar em pacientes na vida adulta
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Os principais sintomas da TDAH são: dificuldade para prestar atenção em atividades escolares ou do trabalho, perder coisas necessárias para realizar atividades, parecer não escutar quando falam, evitar tarefas que exigem esforço mental, não seguir instruções e apresentar esquecimentos frequentes em atividades diárias
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Ainda podem ser sinais do transtorno: agitar as mãos, pés ou se remexer na cadeira, falar de forma exagerada, ter dificuldade em aguardar, interromper ou se meter em assuntos dos outros e dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas
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Estar frequentemente “a mil”, agir como se estivesse “a todo o vapor” e abandonar a cadeira da sala de aula ou outras situações onde se espera que permaneça sentado também podem indicar a presença da TDAH
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Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), questões hereditárias, alteração do funcionamento de neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), são algumas das causas da TDAH
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Além disso, substâncias ingeridas na gravidez, exposição a chumbo, sofrimento fetal, deficiência hormonal e vitamínicas na dieta, por exemplo, podem influenciar no desenvolvimento do transtorno
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Segundo especialistas, quando o TDAH é diagnosticado precocemente, tratamentos medicamentosos e psicoterápicos minimizam os sintomas na vida adulta, fazendo com que o paciente se torne mais funcional dentro das expectativas do mundo
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Contudo, pessoas diagnosticadas tardiamente costumam notar o transtorno com a falta de atenção e concentração em atividades diárias, como estudos, trabalho, e dificuldades na realização de tarefas de rotina
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O diagnóstico, no entanto, não é tão simples e, muitas vezes, o TDAH pode ser confundido por leigos como falta de interesse, má educação ou desleixo. Por isso, psicólogo e psiquiatra devem ser procurados para fazer a avaliação correta
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O diagnóstico da condição é clínico. Durante entrevista com paciente e familiares, as queixas são ouvidas e prejuízos funcionais são analisados por especialistas, que determinarão se há ou não a presença do transtorno no indivíduo
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