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Estudo encontra danos pulmonares ocultos em pacientes com Covid longa

Algumas pessoas recuperadas da Covid-19 apresentam maior dificuldade para transportar o oxigênio dos pulmões para a corrente sanguínea

atualizado

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Universidade de Oxford
Pulmão pós Covid
1 de 1 Pulmão pós Covid - Foto: Universidade de Oxford

Mesmo depois de se recuperar da infecção do coronavírus, alguns pacientes continuam a se queixar de falta de ar. O sintoma relativo à Covid longa pode estar relacionado a complicações pulmonares ocultas, difíceis de serem identificadas em exames de rotina, segundo mostram as primeiras evidências de um estudo realizado no Reino Unido.

Um grupo de pesquisadores das universidades de Oxford, Birmingham, Cardiff e Manchester desenvolveu um novo método de exame de varredura pulmonar com gás xenônio para detectar anormalidades que não são visíveis em exames de rotina convencionais.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Eles analisaram os resultados de exames de imagem e testes de função pulmonar de 36 voluntários divididos em três grupos. O primeiro continha 11 pessoas que se recuperaram da Covid-19 sem a necessidade de cuidados hospitalares, mas se queixavam de falta de ar após a doença.

O segundo era composto por 12 voluntários que foram hospitalizados durante a infecção, mas não relataram falta de ar após se livrarem do vírus. O último grupo, por sua vez, foi formado com 13 pessoas saudáveis para comparação dos resultados.

Os voluntários tiveram que inalar o gás xenônio enquanto passavam pelo exame de ressonância magnética. O composto foi escolhido por ser facilmente detectável em exames de imagem, mostrando para os médicos como outros gases, como o oxigênio, são transportados no organismo.

As imagens dos pulmões dos pacientes com a infecção (imagem em destaque, à direita) mostraram áreas mais escuras que podem representar anormalidades pulmonares. As pessoas com Covid longa e as que foram internadas durante a doença tiveram maior dificuldade de transportar o gás dos pulmões para a corrente sanguínea. A descoberta é um indício que explica por que a falta de ar é tão comum nesses pacientes.

Agora, eles querem entender porque o problema acontece apenas em algumas pessoas, e as consequências dessas lesões a longo prazo. “Assim que entendermos os mecanismos que levam a esses sintomas, poderemos desenvolver tratamentos mais eficazes”, disse o radiologista e coautor da pesquisa, Fergus Gleeson.

Os achados do estudo piloto foram publicados no formato de pré-print na plataforma Science Media Centre, ou seja, ainda precisam ser revisados por outros cientistas para, então, serem publicados em revista científica.

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