Estudo encontra biomarcadores inéditos para prever risco de Alzheimer
Análise de proteínas identifica a doença em pessoas que ainda não apresentam sintomas. Aplicação pode ajudar em diagnóstico e tratamento
atualizado
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Uma pesquisa realizada por cientistas do Broad Institute of MIT (Massachusetts Institute of Technology) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apresentou um método inovador que usa uma análise genética para identificar o risco de Alzheimer em pessoas com predisposição a desenvolver a doença.
A pesquisa foi publicada nessa quinta-feira (1°/9) na revista científica PLOS Genetics e abre caminho para a identificação do risco de um indivíduo ter o problema neurodegenerativo antes mesmo do aparecimento dos sintomas.
O trabalho observou variantes de DNA e identificou novos biomarcadores responsáveis por caracterizar o Alzheimer. Foram descobertas 28 proteínas que podem estar ligadas ao risco da doença, sendo que algumas delas nunca foram estudadas. O resultado da pesquisa oferece pistas para a elaboração de tratamentos eficazes, além de ser um caminho para estudos sobre os mecanismos biológicos do Alzheimer.
A utilização dos biomarcadores auxilia no estudo da relação causa-efeito em avaliações de risco à saúde, a realizar diagnósticos clínicos e monitorar o organismo. O resultado do trabalho e identificação das proteínas é um passo inicial para a elaboração de tratamentos eficazes e tem o objetivo de melhorar o diagnóstico dos pacientes, que geralmente é feito tardiamente.
Os pesquisadores analisaram os dados de aproximadamente 7 milhões de alterações na sequência de DNA identificadas em um estudo anterior, quando estudaram milhares de pessoas com e sem Alzheimer com o uso de um banco de dados.
O grupo usou as informações existentes para desenvolver um novo método que prevê o risco de desenvolvimento da doença degenerativa. Ele consiste na observação das variantes de DNA e da concentração de 3 mil proteínas no sangue de pessoas consideradas de alto e baixo risco genético para o Alzheimer. Os biomarcadores foram refinados e cruzados com os dados de mais 300 mil pessoas.
Apesar de os resultados serem promissores, os cientistas recomendam cautela no uso dos dados, pois as informações foram coletadas em apenas um banco britânico e podem não ser representativas para populações não europeias.
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