Estudo diz que uso ocasional de maconha pode aumentar libido feminina
Pesquisa de médicos portugueses apontou que substância da maconha intensifica ação de hormônios femininos e aumenta o desejo sexual
atualizado
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O uso de maconha pode aumentar a intensidade e prolongar o desejo sexual feminino, aponta um estudo realizado por médicos portugueses. A pesquisa, chefiada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal, apontou que substâncias presentes na planta interagem com os hormônios femininos e intensificam a libido.
A investigação foi publicada em fevereiro no European Journal of Neuroscience e envolveu dois grupos de ratinhas. Elas tiveram hormônios femininos injetados para estudar a interação de substâncias derivadas da maconha com o estradiol e a progesterona. Um dos grupos não recebeu a droga, enquanto o outro, sim.
O estudo mostrou que foi o THC, justamente o componente da cannabis que provoca alterações de comportamento, o responsável por um “expressivo aumento no desejo sexual em relação aos parceiros machos”. A libido foi “mais intensa” nos animais que receberam a substância do que nos que só tiveram injeções do hormônio.
“O que se verifica é que o THC aumenta a ativação dos mecanismos que desencadeiam a resposta sexual, ao mesmo tempo que aumenta a inibição dos mecanismos que deveriam terminar esta resposta”, explica a professora Susana Sá, responsável pelo estudo, ao site da FMUP. Ou seja, além de aumentar as expressões do desejo, o uso do THC fez com que ele se manifestasse por mais tempo.
Cuidados com o uso
A pesquisa, no entanto, esclarece que foram usadas doses “muito baixas” de THC e por um período curto, “como se representasse um uso ocasional da droga”. Para usos frequentes e doses maiores, o estudo não pode garantir que o resultado seria semelhante.
Além disso, o aparente benefício do uso da substância não anula os efeitos adversos do consumo, tanto em nível físico como emocional. O uso de cannabis, alertam os médicos, pode provocar dependência, aumenta o risco de psicoses e pode induzir a “comportamentos sexuais disruptivos”, sustentam.
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