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Estudo diz que reinfecção de Covid ainda é perigosa, mesmo com vacina

Pessoas que tiveram reinfecção de Covid-19 têm riscos ainda mais altos de morte e complicações do que na primeira vez, mesmo vacinadas

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Fotografia colorida de Idoso hospitalizado
1 de 1 Fotografia colorida de Idoso hospitalizado - Foto: Getty Images

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos apontou que a reinfecção de Covid-19 continua sendo perigosa, mesmo com a popularização da vacina. Os cientistas da Washington University em St. Louis afirmam que o risco de morte, hospitalização e problemas de saúde decorrentes da doença aumenta significantemente a partir da segunda contaminação pelo vírus.

Os dados analisados sustentam que mesmo com a vacinação em dia contra a Covid-19, o risco não é substancialmente alterado. O estudo foi publicado nessa quinta-feira (10/11), na revista Nature Medicine.

A análise contou com dados do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos (AV) coletados entre março de 2020 e abril de 2022. Dos participantes, 5,3 milhões não haviam sido infectados; cerca de 443 mil contraíram o coronavírus apenas uma vez e 41 mil, duas vezes ou mais.

Todos os participantes responderam questionários criados pelos pesquisadores. Os indivíduos que afirmaram ter contraído a doença apenas uma vez foram usados como grupo controle.

Tanto quem havia sido infectado apenas uma vez quanto os reinfectados preencheram informações sobre a saúde e vacinação durante seis meses. Após o período, foram calculados os riscos de morte, hospitalização e sequelas de cada grupo.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Os pacientes reinfectados apresentaram mais que o dobro de risco de morte e o triplo de chance de serem hospitalizados quando comparados àqueles infectados apenas uma vez pelo vírus. Eles também tiveram maior chance de desenvolver problemas nos pulmões, rins, músculos, no coração e até mesmo problemas neurológicos.

“A reinfecção aumenta os riscos tanto de sequelas agudas quanto de Covid longa. Isso foi evidente em pessoas não vacinadas, nas imunizadas uma vez ou com as doses de reforço em dia”, afirmou o pesquisador Ziyad Al-Aly, da Washington University em St. Louis, na divulgação da Nature.

Segundo o cientista, que é o principal autor da pesquisa, mesmo a vacina garantindo o dobro da imunidade natural em comparação a uma primeira infecção, o indivíduo ainda está suscetível aos efeitos colaterais da reinfecção.

Apesar de o artigo ser um alerta importante sobre a prevenção e medidas de combate ao vírus, a comunidade científica norte-americana alerta que mais estudos devem ser realizados para comprovar os dados, já que os pacientes registrados no AV geralmente são homens idosos e com histórico de problemas de saúde.

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