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Dieta vegetariana com peixe reduz em 18% o risco de demência em idosos

Estudo sugere que quando o consumo de peixe é incluído na dieta de idosos com mais de 65 anos, o risco de doenças neurológicas é reduzido

atualizado

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Filé de salmão grelhado e salada de legumes frescos. Dieta mediterrânea.
1 de 1 Filé de salmão grelhado e salada de legumes frescos. Dieta mediterrânea. - Foto: Getty Images

Dietas vegetarianas são frequentemente associadas a melhorias na saúde. No entanto, um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition em outubro sugere que, para pessoas mais velhas, abandonar o peixe pode aumentar o risco de demência.

Pesquisadores de Loma Linda University Health, na Califórnia, descobriram que, enquanto a maioria das dietas vegetarianas está ligada a um menor risco de doenças em pessoas de meia-idade, o cenário muda para aqueles com mais de 65 anos.

Entre idosos vegetarianos, foi observado um risco ligeiramente maior de condições como derrame, demência e doença de Parkinson. Por outro lado, quando o consumo de peixe foi incluído na dieta, esse risco foi significativamente reduzido, sendo associado a uma menor taxa de mortalidade.

“Dietas vegetarianas estão associadas a menor risco de mortalidade por todas as causas, especialmente entre homens e em indivíduos mais jovens. No entanto, os riscos maiores são observados entre vegetarianos mais velhos para derrame e demência”, afirmam os pesquisadores no artigo.

Dieta vegetariana com peixe pode ser melhor para idosos

O estudo analisou dados alimentares de 88 mil pessoas entre 30 e 85 anos do Canadá e dos Estados Unidos — incluindo 12,5 mil participantes que morreram durante o período do estudo. Os voluntários foram recrutados entre 2002 e 2007 e acompanhados até 2015. Eles foram divididos em cinco categorias dietéticas:

  • Não vegetarianos;
  • Semivegetarianos (comem carne, geralmente carne branca, em menos de três refeições por semana);
  • Pesco-vegetarianos (que consomem peixe);
  • Ovo-lacto-vegetarianos (que consomem laticínios e ovos);
  • Veganos (não consomem nada de origem animal).

Os resultados mostraram que, em geral, vegetarianos tinham 12% menos risco de morte em comparação com os participantes que consumiam carne. Contudo, aqueles que seguiam uma dieta pesco-vegetariana apresentaram um risco 18% menor de mortalidade. As dietas ovo-lacto-vegetarianas reduziram o risco em 15%. Veganos, no entanto, tiveram apenas 3% menos risco de morte.

O principal autor do estudo, o professor Gary Fraser, destacou que há um risco maior de doenças neurológicas, como demência, entre vegetarianos com mais de 80 anos. Segundo ele, isso pode ocorrer devido à ausência de nutrientes essenciais em dietas sem peixe, como os ácidos graxos, importantes para a saúde cerebral.

O cientista pontua que mais estudos são necessários para compreender plenamente a relação entre dietas vegetarianas e o risco de doenças neurológicas em idosos.

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