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Estudo: dieta de sopa e shake pode reverter diagnóstico de diabetes

Segundo pesquisa, realizada pela Diabetes UK, a perda de peso pode controlar doença que torna as pessoas resistentes à insulina

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Foto colorida: pessoa posiciona dedo indicador em teste de diabetes - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida: pessoa posiciona dedo indicador em teste de diabetes - Metrópoles - Foto: Towfiqu Photography, Getty Images

Uma das doenças mais comuns do mundo, a diabetes tipo 2 ocorre quando o pâncreas produz mais insulina do que o necessário, fazendo com que o organismo crie resistência aos efeitos do hormônio. O desenvolvimento da condição está normalmente associado ao ganho de peso, mas um novo estudo aponta que emagrecer pode ser suficiente para reverter o quadro.

Uma pesquisa liderada pelos professores Roy Taylor, da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, e Mike Lean, da Universidade de Glasgow, na Escócia, publicada nesta quarta (19/4) no site Diabetes UK, destacou o uso controlado de uma dieta à base de sopa e shake.

Os participantes do estudo tinham diabetes tipo 2 e seguiram a dieta, que tinha em torno de 800 calorias por dia, entre 12 e 20 semanas. Eles foram acompanhados por dois anos: quase metade dos voluntários (46%) entrou em um quadro de remissão da doença no final do primeiro ano, e 36%, dois anos depois.

Para entender se a remissão se manteria a longo prazo, os cientistas convidaram 95 dos 149 indivíduos que participaram da pesquisa (sendo 48 em remissão da diabetes) para um acompanhamento de mais três anos. Todos que tinham ganhado mais de dois quilos durante o período repetiram a dieta de sopas e shakes por quatro semanas e receberam ajuda para reintroduzir refeições normais.

Os pacientes em remissão perceberam melhora na pressão arterial e nos níveis de glicose no sangue, além de tomarem menos medicamentos do que o grupo de controle. Ao final dos três anos, 11 dos participantes continuavam com um quadro revertido de diabetes tipo 2. Em média, os voluntários terminaram a jornada de cinco anos com perda de 8,9 kg.

Segundo Taylor, o estudo mostra que a proposta de perda de peso rápida traz um resultado considerável em poucos anos e sem grandes sacrifícios por parte do paciente. “A questão mais importante agora é como o programa de acompanhamento pode ter ainda mais sucesso a um custo acessível”, afirma o professor.

A diretora de pesquisa Elizabeth Robertson, da Diabetes UK, que financiou o estudo, explica que colocar a diabetes tipo 2 em remissão pode dar mais qualidade de vida ao paciente. “Perder peso ainda inclui reduzir o risco de complicações graves da diabetes, como ataque cardíaco e derrame”, afirma.

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