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Estudo da OMS mostra que Covid é mais grave para pessoas com HIV

Infecção pelo vírus da aids aumenta as chances de morte devido ao coronavírus em 30%, de acordo com cientistas da entidade

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1 de 1 red aids ribbon in hand. aids hiv - Foto: ISTOCK

Cientistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgaram, nesta quinta-feira (15/7), antes da conferência sobre aids em Berlim, na Alemanha, os resultados de uma pesquisa revelando que pessoas com HIV são mais propensas a desenvolver a forma grave da Covid-19, necessitando de hospitalização e com maior chance de óbito do que outros infectados com o coronavírus.

O novo estudo recomenda que pessoas com HIV tenham prioridade na fila para vacinas, junto aos idosos e outras pessoas com doenças imunológicas.

Os cientistas analisaram dados clínicos de mais de 268 mil pessoas hospitalizadas pela Covid-19 em 37 países entre janeiro de 2020 e abril de 2021. Desse grupo, os pesquisadores tinham dados de 15,5 mil pessoas de 24 países que também estavam infectadas com HIV.

Esses indivíduos tinham idade média de 45 anos e 37% eram do sexo masculino. Quase 92% dos casos estavam sendo tratados com medicamentos antirretrovirais. Muitos dos pacientes infectados com HIV, assim como outros hospitalizados por Covid-19, tinham outras condições, como hipertensão, diabetes e obesidade.

Mais de um terço dos pacientes com HIV estavam gravemente doentes no momento da admissão. Os resultados da análise também mostraram que um em cada quatro, dos que foram hospitalizados por causa da Covid-19, morreu. O risco de morte em pessoas acima de 65 anos era ainda maior, e igualmente maior para homens mais velhos. Os pesquisadores estimaram que o HIV aumenta as chances de morrer em decorrência da Covid-19 em 30%.

Os dados coletados mostram urgência, uma vez que há países com grande número de pessoas com HIV enfrentando também surtos de coronavírus, agravados pela variante Delta, a mais contagiosa registrada até o momento, e a escassez de vacinas.

Aproximadamente 95% das pessoas com HIV analisadas pela OMS eram da África Subsaariana, que ainda amarga o índice de dois terços dos casos mundiais da doença. “O ponto forte dessa análise é que relatamos dados do continente onde há maior carga de HIV neste momento”, declarou Silvia Bertagnolio, pesquisadora de HIV da OMS, que conduziu o estudo, em entrevista ao jornal The New York Times.

“De um total de 100 países que divulgaram informações, 40 listaram pessoas com HIV como um grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19″, relatou Meg Doherty, diretora de HIV na OMS.

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