Estudo conclui que um pouco de estresse no dia a dia faz bem à saúde
A sensação pode colaborar para o funcionamento da memória de trabalho, necessária ao cumprimento das tarefas cotidianas
atualizado
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O estresse é comumente relacionado à exaustação emocional e a problemas de saúde. Evitar a sensação ou, pelo menos, saber gerenciá-la tornou-se o objetivo diário de muitas pessoas. No entanto, um novo estudo sugere que níveis baixos e moderados de estresse podem fortalecer a memória de trabalho.
A memória de trabalho consiste em uma espécie de “bloco de notas”, que comporta os pensamentos imediatos e é responsável pela retenção e o processamento temporário de informações. Em algumas circunstâncias, de acordo com os cientistas, o estresse pode contribuir para a funcionalidade deste tipo de memória.
Uma pesquisa coordenada por pesquisadores da Universidade de Geórgia procurou entender se o estresse traz benefícios para os neurônios. Para isso, os cientistas examinaram imagens do cérebro de mil adultos, com idades entre 22 e 37 anos de idade, durante a realização de uma atividade na qual era exigida justamente esse tipo de memória.
A atividade, conhecida na psicologia como n-back, consistia em submeter os voluntários a uma sequência de estímulos e pedir que eles indicassem quando o estímulo atual era igual ao apresentado anteriormente.
Além disso, os participantes também informaram aos pesquisadores até que ponto suas vidas eram estressantes e fora do controle e foram avaliados sobre como reagiam a momentos de estresse.
Conclusões
Os cientistas concluíram que as pessoas que relataram níveis baixos de estresse mostraram um aumento da atividade neural durante o trabalho. Entretanto, essa melhora se estabilizou quando os participantes atingiram um patamar mais alto de estresse.
A conclusão foi que o estresse só ajuda a cognição cerebral até certo ponto, antes de ficar demasiadamente alto. Segundo os pesquisadores, níveis extremos são prejudiciais tanto à memória de trabalho quanto ao funcionamento neural. O trabalho foi publicado em agosto na revista Neuropsychologia.
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