Coronavac: estudo com 2 mil crianças e adolescentes indica segurança
Sinovac testou o imunizante contra a Covid-19 em voluntários de quatro países. Os efeitos colaterais são considerados leves
atualizado
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A farmacêutica chinesa Sinovac divulgou novos dados sobre a segurança da vacina Coronavac para a prevenção da Covid-19 em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
De acordo com o Instituto Butantan, que tem parceria coma a Sinovac no Brasil, o estudo contou com 2.140 participantes com idades entre 6 meses e 17 anos. Os testes foram realizados na África do Sul, Chile, Malásia e Filipinas.
O que se sabe sobre a vacinação de adolescentes contra Covid-19
Os cientistas usaram o modelo de pesquisa randomizada, controlada por placebo e duplo-cego, quando nem os aplicadores das doses e nem os voluntários sabem se a substância aplicada é o imunizante ou um placebo.
Os dados indicam que cerca de 18,6% dos voluntários tiveram reações adversas após a segunda dose da vacina. Os principais efeitos colaterais relatados foram dor no local da injeção e dor de cabeça.
A empresa informou que novos testes serão feitos para avaliar a segurança da vacina em bebês de 6 meses a 3 anos.
As informações divulgadas agora complementam os resultados da fase 2 do estudo, publicados na revista científica The Lancet em agosto deste ano. Durante a primeira pesquisa, 552 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos tomaram duas doses da vacina, com 28 dias de intervalo. Ao todo, 96% dos voluntários desenvolveram anticorpos contra o coronavírus.
Coronavac no Brasil
Atualmente, a vacina desenvolvida pela Sinovac e fabricada pelo Instituto Butantan tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada no Brasil em pessoas com 18 anos ou mais.
Em agosto, a agência negou um pedido do Butantan para o uso da Coronavac em crianças e adolescentes pois faltavam informações sobre o desempenho do imunizante em menores de 17 anos.