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Estudo aponta que treinos de resistência melhoram sarcopenia em idosos

A sarcopenia é caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e afeta principalmente idosos, que também têm dificuldade para dormir

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Um novo estudo realizado por um grupo da Universidade de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, concluiu que a musculação melhora a qualidade de vida de idosos que sofrem com sarcopenia. O artigo foi publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health em dezembro de 2022.

A sarcopenia é uma condição caracterizada pela perda progressiva de massa muscular. Ela afeta principalmente idosos, e reduz seu desempenho físico, fazendo com que percam força.

O grupo estudou 14 idosos diagnosticados com sarcopenia. Eles foram orientados a realizar atividades de resistência três vezes por semana ao longo de três meses.

O treino envolvia oito exercícios que deveriam ser repetidos três vezes cada. No início, a intensidade foi leve, mas nas últimas oito semanas, a carga foi aumentada para 80% da força máxima de cada participante.

Outro grupo de controle, com 14 idosos, foi acompanhado por uma equipe multidisciplinar durante o mesmo período, com o objetivo de entender como a mudança do estilo de vida pode atenuar os efeitos da sarcopenia.

Além disso, todos os voluntários foram acompanhados durante os três meses por profissionais de educação física, fisioterapeutas, nutricionistas e médicos. Eles também realizaram diversos exames antes e depois do término do experimento.

Exercício fez diferença

Os resultados do levantamento mostram que idosos que praticaram os exercícios de resistência apresentaram uma melhora na força muscular nos testes de medição de preensão manual e no de torque das pernas.

A orientadora da pesquisa, Vânia D’Almeida, explica que o grupo também observou uma redução da inflamação e melhora na qualidade objetiva e subjetiva do sono.

Em estudos anteriores com ratos, os pesquisadores já haviam observado uma relação estreita entre a privação de sono e a perda de massa magra. Segundo eles, não dormir prejudica a restauração dos músculos da mesma forma que a sarcopenia afeta as fibras musculares responsáveis pela contração rápida.

“Tendo em perspectiva que pessoas idosas com sarcopenia têm o sono prejudicado em comparação com idosos sem esse diagnóstico, os dados mostram que o treinamento físico aumentou a força muscular deles, tirando-os da condição de sarcopênicos. Nós acreditamos que isso aconteceu por intermédio do aumento da quantidade de duas citocinas anti-inflamatórias [IL1ra e IL10] relacionadas à melhora do metabolismo muscular. O aumento na quantidade dessas substâncias anti-inflamatórias pode estar relacionado à melhora do sono”, finaliza Vânia.

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