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Estudo aponta que intestino de mulheres é 30 cm maior que o dos homens

Pesquisa, que analisou órgãos humanos e animais, constatou que a estrutura intestinal pode mudar conforme o sexo do participante

atualizado

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mulher com desenho de intestino na região abdominal - Metrópoles - flora intestinal
1 de 1 mulher com desenho de intestino na região abdominal - Metrópoles - flora intestinal - Foto: Peter Dazeley/Getty Images

Apesar das semelhanças, os seres humanos possuem diferenças individuais que vão além da aparência física. As variações aparecem, inclusive, no sistema digestivo: segundo estudo publicado em 24 de abril no periódico Peerj, o intestino de homens e mulheres pode ter tamanhos distintos.

A pesquisa constatou que as mulheres tendem a ter um intestino delgado em média 30,7 centímetros mais longo do que os homens. O tamanho pode favorecer a absorção de nutrientes.

“Ter um intestino delgado mais longo ajuda a extrair nutrientes da dieta. Essa descoberta apoia a hipótese da canalização, que sugere que as mulheres são mais capazes de sobreviver durante períodos de estresse”, afirma a coautora do estudo Amanda Hale, bióloga da North Carolina State University (NCSU), nos Estados Unidos.

O estudo mostra que o ceco, órgão encontrado entre o intestino grosso e delgado, pode medir centímetros em uma pessoa, enquanto em outra, é do tamanho de uma bolsa de moedas. Há também diferenças estruturais entre pessoas mais e menos saudáveis. Indivíduos com maior cuidado na dieta apresentam um intestino com morfologia mais granular que aqueles que comem mal, por exemplo.

Diferenças pessoais

As pesquisadoras afirmam que os estudos anteriores sobre as diferenças de intestino negligenciam a variação entre pessoas. “Se você está falando com quatro pessoas diferentes, é provável que todas tenham vísceras distintas, em termos de tamanho relativo dos órgãos que compõem esse sistema”, explica a ecologista Erin McKenney, da NCSU.

As descobertas podem servir de base para entender, por exemplo, por que algumas pessoas apresentam mais dificuldades para absorver nutrientes do que outras. O estudo pode ainda auxiliar na escolha de uma estratégia de alimentação adequada para a morfologia de cada intestino.

A tese apresentada pode ainda impactar o estudo da medicina. “É particularmente importante no treinamento médico, porque se os alunos estão aprendendo apenas sobre uma anatomia normal ou média, isso significa que eles não estarão familiarizados com o escopo da variação humana”, diz a coautora Roxanne Larsen, bióloga na Universidade de Minnesota, também nos Estados Unidos.

Animais x humanos

Além de analisar os órgãos digestivos de 45 pessoas, o estudo investigou também o sistema de diferentes espécies de animais. Aparentemente, os humanos se destacam pela alta variação no comprimento intestinal. As pesquisadoras sugerem que a variação se explica pelo nosso cardápio variado, já que não comemos uma dieta padronizada.

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