Estudo afirma que café não provoca e pode até evitar arritmia cardíaca
Pesquisa analisou o consumo de café por 386 mil pessoas e descobriu que a bebida diminui em 3% a chance de desenvolver arritmia cardíaca
atualizado
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Um estudo publicado nesta segunda-feira (19/7) na revista científica JAMA Internal Medicine revela que o hábito de tomar café está associado a um risco menor de desenvolver arritmia cardíaca, que é como os médicos chamam a palpitação desregulada no peito. Nesta pesquisa, foram analisadas 386 mil pessoas por três anos e os cientistas compararam os resultados com as taxas de arritmia cardíaca.
“Cada xícara diária adicional de café foi associada a uma redução de 3% no risco de desenvolver arritmia. Essas associações não foram modificadas significativamente por variantes genéticas que afetam o metabolismo da cafeína”, escreveram os cientistas no estudo.
Conduzida por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, a pesquisa também investigou os genes associados ao metabolismo da cafeína que teriam relação com o nervosismo. “Nem o consumo habitual de café nem as diferenças geneticamente mediadas no metabolismo da cafeína foram associadas a um risco elevado de arritmias cardíacas”, concluíram os autores.
Segundo os pesquisadores, essa noção de que o café faz o coração palpitar é comum, mas não possui embasamento científico.
Em revisão de outros 201 estudos, os autores descobriram que o consumo moderado de café é mais benéfico do que prejudicial à saúde. Além disso, os cientistas apostam em uma série de possíveis benefícios da cafeína e do café para reduzir as chances de desenvolver câncer, diabetes e doenças cardiovasculares.