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Maioria dos adolescentes se recupera da Covid longa em 2 anos

Estudo revela que sete em cada 10 adolescentes que tiveram Covid longa se recuperaram em até dois anos após a infecção

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Foto de stock de Uma jovem doente deitada na cama com febre alta. Covid 19 e Foto de estoque de gripe fria covid longa
1 de 1 Foto de stock de Uma jovem doente deitada na cama com febre alta. Covid 19 e Foto de estoque de gripe fria covid longa - Foto: GettyImages

Um levantamento de pesquisadores ingleses publicado na Nature Communications Medicine, nesta quarta-feira (4/12), mostrou que sete em cada dez crianças e adolescentes se recuperam das consequências da Covid em até dois anos após a infecção.

A Covid longa, também chamada de Covid persistente, é caracterizada pela presença de um ou mais sintomas da doença após três meses do fim da infecção viral. Entre os sintomas característicos do quadro estão tosse, dificuldade para respirar e nevoeiro cerebral.

Os pesquisadores questionaram voluntários que tiveram Covid a cada três meses para avaliar diversos aspectos da recuperação e buscar possíveis consequências da Covid.

A investigação reuniu 943 pacientes que tinham entre 11 e 17 quando testaram positivo para Covid. As infecções ocorreram entre setembro de 2020 e março de 2021, período anterior ao surgimento da variante Ômicron.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Covid longa melhorou progressivamente

Entre os voluntários, 233 tiveram sintomas três meses após o PCR positivo, confirmando o quadro de Covid longa. Passados seis meses, o número já tinha caído para 135 e, após dois anos, apenas 68 continuavam com mais de um sintoma da doença.

A pesquisa indicou que quanto mais pobres as crianças, mais lenta foi a recuperação delas. Os que tiveram a Covid já mais perto da vida adulta, entre os 16 e os 17 anos, também seguiram com os sintomas por mais tempo.

“A notícia de que os pacientes se recuperaram na maioria dos casos é fabulosa mas ainda pretendemos fazer mais pesquisas para tentar entender melhor por que 68 adolescentes seguem com sintomas”, explicou o professor Terence Stephenson, líder do estudo.

A maior parte dos que ainda sentiam sequelas do vírus após dois anos tinham cansaço, problemas para dormir, dificuldades para respirar e dores de cabeça.

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