A estudante inglesa Molly Hunt, 21 anos, usou as redes sociais para contar como confundiu sintomas de um câncer raro com ressaca. A universitária foi diagnosticada com o estágio dois da doença de Hodgkin – um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático – em junho deste ano.
Os primeiros sintomas surgiram em outubro de 2021, depois de uma bebedeira com amigos, quando Molly começou a sentir fortes dores no estômago. O incômodo foi seguido por cansaço frequente, associado na época à carga de estudos.
“Eu saía e bebia bastante, e no dia seguinte sentia uma dor muito forte na barriga, debaixo do meu diafragma. Tinha que me contrair para parar. Eu apenas pensava: ‘Isso é novo. Meu corpo não deve ser capaz de tolerar tanto álcool'”, contou Molly, que passou a sair cada vez menos.
Em fevereiro deste ano, a inglesa notou o surgimento de um caroço no lado esquerdo da clavícula, seguido por uma coceira constante na pele. O câncer foi descoberto em junho. Junto com o caroço na clavícula, ela tinha uma massa de 8 centímetros no peito.
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Molly Hunt desenvolveu um caroço do tamanho de duas uvas na clavícula esquerda
Molly Hunt/ arquivo pessoal
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Segundo o Instituto Nacional de Câncer, para cada ano do triénio 2020/2022 serão registrados cerca de 625 mil casos da doença no Brasil
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Extremamente comum no país, o câncer de pele é caracterizado pelo aparecimento de tumores na pele em formato de manchas ou pintas com formatos irregulares. Relacionada à exposição prolongada ao sol, exposição a câmeras de bronzeamento artificial ou por questões hereditárias, a doença pode ser tratada através de cirurgias, radioterapia e quimioterapia
miriam-doerr/istock
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O câncer de mama é causado pela multiplicação descontrolada de células na mama. Apesar de ser comum em mulheres, a enfermidade também pode acometer homens. Entre os sintomas da doença estão: dor na região da mama, nódulo endurecido, vermelhidão, inchaço e secreção sanguinolenta. O tratamento envolve cirurgia para retirada da mama, quimio, radioterapia e hormonioterapia
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Mais frequente em homens, o câncer de próstata apresenta os seguintes sintomas: sangue na urina, dificuldade em urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia e a demora em começar e terminar de urinar. Cirurgia e radioterapia estão entre os tratamentos da doença
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Embora possa estar relacionado com hipertireoidismo, tabagismo, alterações dos hormônios sexuais e diabetes, por exemplo, o câncer de tireoide ainda não é bem compreendido por especialistas. Apesar disso, tratamentos contra a doença envolvem terapia hormonal, radioterapia, iodo radioativo e quimioterapia, dependendo do caso
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O câncer de pulmão é um dos tipos com maior incidência no Brasil. Relacionado ao uso ou exposição prolongada ao tabagismo, tem como principais sintomas a falta de ar, dores no peito, pneumonia recorrente, bronquite, escarro com sangue e tosse frequente. A doença é tratada com quimioterapia, radioterapia ou/e cirurgia
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No Brasil, o carcinoma epidermoide escamoso tem a maior incidência entre os canceres de estômago. Os tratamentos envolvem cirurgia ou radioterapia e quimioterapia
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O câncer de estômago é diagnosticado após a identificação de tumores malignos espalhados pelo órgão e que podem aparecer como úlceras. Relacionado à infecções causadas por Helicobacter Pylori, pela presença de úlceras e de gastrite crônica não cuidada, por exemplo, a doença pode causar vômito com sangue ou sangue nas fezes, dor na barriga frequente e azia constante
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O câncer de colo de útero tem como sintomas sangramento vaginal intermitente, dor abdominal relacionada a queixas intestinais ou urinárias e secreção vaginal anormal. O tratamento envolve quimio, radioterapia e cirurgia
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O câncer de boca é uma doença que envolve a presença de tumores malignos nos lábios, gengiva, céu da boca, língua, bochechas e ossos. É mais comum em homens com mais de 40 anos e tem como sintomas feridas na cavidade oral, manchas na língua e nódulos no pescoço, por exemplo. O tratamento envolve cirurgia, quimio e radioterapia
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“Eu estava extremamente cansada. Realmente não conseguia me concentrar em muitas coisas, pois o cansaço era muito ruim. Às vezes, eu pensava que era uma ressaca, e em outras situações, atribuía à carga de trabalho na universidade. Achei que estava exagerando”, diz, em seu perfil do TikTok.
A jovem usou seu perfil para compartilhar a rotina de tratamento ao lado da família e do namorado. Após cinco sessões de quimioterapia, os médicos observaram que o câncer estava em remissão, ou seja, nenhuma célula neoplásica foi detectada. Agora, a inglesa usa as redes sociais para conscientizar outras pessoas sobre a doença e a importância de estar atento aos sinais de alerta que o corpo dá.
“Ver os vídeos de outras pessoas realmente me ajudou quando fui diagnosticada. Queria mostrar a todos que estão passando por isso que está tudo bem, e a quimioterapia não é tão assustadora quanto você pensa que será”, explica.
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