metropoles.com

Estresse na gravidez pode prejudicar desenvolvimento cerebral

Os pesquisadores descobriram que bebês cujas mães declararam ter passado por situações tensas apresentaram alterações cerebrais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Unsplash/Divulgação
grávida-estresse
1 de 1 grávida-estresse - Foto: Unsplash/Divulgação

A saúde do bebê pode ser influenciada por situações estressantes vividas pela mãe, segundo um estudo feito pelo King’s College London. De acordo com o trabalho, publicado na revista especializada Biological Psychiatry, altos níveis de estresse materno podem influenciar o desenvolvimento neurológico de crianças prematuras, tornando-as mais suscetíveis a desenvolver ansiedade, comportamentos antissociais e transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Os pesquisadores entrevistaram, por meio de questionários, 251 mães de bebês prematuros a respeito de experiências estressantes que elas tiveram durante a gravidez, como mudança de casa, demissão, divórcio ou morte de alguém próximo. As crianças nasceram entre 23 e 33 semanas de gestação.

Quando completaram 37 semanas, as crianças foram avaliadas por meio de exames de ressonância magnética. Os testes analisaram a estrutura do conjunto de células que é responsável, entre outras coisas, por nutrir os neurônios e os gânglios cerebrais.

Os pesquisadores descobriram que os bebês cujas mães declararam ter passado por mais situações de estresse antes ou durante a gravidez apresentaram alterações nessas estruturas.

As mudanças foram observadas, principalmente, na parte da cabeça que conecta a amígdala ao córtex pré-frontal, área que atua nas emoções, no aprendizado e na memória.

A explicação para o problema seria o excesso de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. A substância seria capaz de atingir o bebê no útero, através da placenta, e provocar variações em seu desenvolvimento. Os pesquisadores também observaram um aumento de noradrenalina – neurotransmissor que influencia no humor, ansiedade, sono e alimentação –, além da diminuição da dopamina e da serotonina, substâncias conhecidas como “hormônios da felicidade”.

Agora, os cientistas pretendem realizar novos estudos para descobrir se essas mudanças podem alterar o cérebro e o comportamento das crianças a longo prazo. (Com informações do Daily Mail)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?