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Estresse, medo, raiva? Saiba por que as eleições afetam o seu ânimo

As divergências de opinião, a exaltação de ânimos e a expectativa pelo resultado explicam o esgotamento que muitas pessoas estão vivendo

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mulher com dor no estômago
1 de 1 mulher com dor no estômago - Foto: Getty Images

Estamos a três semanas do segundo turno das eleições presidenciais. Em 30 de outubro, os brasileiros vão novamente às urnas para escolher quem governará o Brasil pelos próximos quatro anos. As divergências de opinião, a exaltação de ânimos e a ansiedade pelo resultado explicam a sensação de esgotamento que muitas pessoas estão vivendo.

O estado de estresse é a primeira resposta do corpo a esse tipo de situação, e pode levar a quadros de ansiedade e depressão. Quando estamos em um momento de tensão, o corpo libera uma descarga de catecolaminas (norepinefrina, epinefrina e dopamina), hormônios que alteram a pressão arterial, os batimentos cardíacos e todo o funcionamento do organismo.

“O estresse pode alterar a estabilidade do organismo a ponto de o indivíduo sofrer um infarto e ir a óbito. Quando ocorre de maneira prolongado, esse estado de ânimo mina a saúde mental “, explica Suely Sales Guimarães, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB).

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos
Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa. Confira
Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa
Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda
Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente
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Reconhecer as dificuldades e buscar ajuda especializada são as melhores maneiras de lidar com momentos nos quais a carga de estresse está alta

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Mas como saber quando buscar ajuda? A qualidade da saúde mental é determinada pela forma como lidamos com os sentimentos

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Pessoas mentalmente saudáveis são capazes de lidar de forma equilibrada com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida. Porém, alguns sinais podem indicar quando a saúde mental não está boa. Confira

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Insônia, depressão e estresse elevam risco de arritmia cardíaca pós-menopausa

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Estresse: se a irritação é recorrente e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, o sinal vermelho deve ser acionado. Caso o estresse seja acompanhado de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda

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Além de fatores genéticos, a longevidade pode estar associada à quantidade de vezes que a pessoa ficou doente

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Lapsos de memória: se a pessoa começa a perceber que a memória está falhando no dia a dia com coisas muito simples é provável que esteja passando por um episódio de esgotamento mental

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Alteração no apetite: na alimentação, a pessoa que come muito mais do que deve usa a comida como válvula de escape para aliviar a ansiedade. Já outras, perdem completamente o apetite

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Autoestima baixa: outro sinal de alerta é a sensação de incapacidade, impotência e fragilidade. Nesse caso, é comum a pessoa se sentir menos importante e achar que ninguém se importa com ela

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Desleixo com a higiene: uma das características da depressão é a perda da vontade de cuidar de si mesmo. A pessoa costuma estar com a higiene corporal comprometida e perde a vaidade

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Sentimento contínuo de tristeza: ao contrário da tristeza, a depressão é um fenômeno interno, que não precisa de um acontecimento. A pessoa fica apática e não sente vontade de fazer nada

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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A psicanalista Maria Homem, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e professora da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) avalia que sentimentos como medo, raiva, indignação e tristeza não devem ser reprimidos, tampouco direcionados de maneira agressiva contra adversários.

Segundo ela, o ideal é entender o que estamos sentindo e usar isso de forma construtiva para a realização de mudanças. “A compreensão dos nossos sentimentos pode nos levar a uma nova maneira de dialogar com o outro, sem a fantasia delirante de que é necessário destruir o mal”, aponta a psicanalista.

Maria Homem explica que a subjetividade é uma variável importante para entender as nossas reações e realizar as nossas escolhas. “O sujeito tem pulsões, afetos, além da cognição, do racional. Se não levarmos em conta a nossa saúde psíquica ou mental e os nossos afetos, não conseguimos entender as eleições como um espaço de debate de políticas, diretrizes e estruturação”, aponta.

Para amenizar o mal estar psíquico, Maria Homem sugere a autorreflexão. “Cada um deve se perguntar se a ira o constitui; se a sua forma de estar no mundo é a raiva, a violência e o ressentimento”, aponta.

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