metropoles.com

Estresse favorece desenvolvimento do Alzheimer, aponta estudo

Redução de fatores de risco modificáveis, como estresse, má alimentação e sedentarismo, poderia reduzir declínio mental e perda de memória

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
PM Images/ Getty Images
Ilustração de um cérebro lesionado - Metrópoles
1 de 1 Ilustração de um cérebro lesionado - Metrópoles - Foto: PM Images/ Getty Images

O estresse favorece o desenvolvimento do Alzheimer e de outras demências, de acordo com um artigo americano recém-publicado no Journal of the American Medical Association (Jama). Adultos que vivem sob maior tensão têm mais chances de experimentar declínio mental e perda de memória na velhice.

O novo estudo se destaca por ser um dos poucos a avaliar um número considerável de pacientes, uma vez que os autores acompanharam quase 25 mil voluntários com mais de 45 anos ao longo de quatro anos.

Os pacientes passaram por avaliações sobre a percepção do próprio estresse e capacidades cognitivas. No final, aqueles que tinham maior pontuação nos níveis de tensão desempenhavam pior resultado nos testes de memória. Isso ocorreu mesmo após levar em conta variáveis como nível socioeconômico e outros problemas de saúde, como males cardiovasculares.

“Não é novidade que o estresse impacta a cognição de forma aguda e crônica, sendo considerado um dos fatores de risco modificáveis para Alzheimer”, diz a neurocientista Claudia Figueiredo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele está associado com modificações hormonais e inflamatórias que podem afetar o cérebro, além de problemas de sono e queda no sistema imunológico. O esgotamento também favorece comportamentos pouco saudáveis, como tabagismo e sedentarismo.

Para os autores, o resultado sugere a necessidade de rastrear o problema e planejar intervenções para reduzir o risco de perda cognitiva em adultos mais velhos. Além disso, reforça a hipótese de que a alta prevalência de demência em grupos minoritários raciais e étnicos pode ser atribuída, em parte, aos maiores níveis de estresse enfrentados por essa população, entre eles baixo status socioeconômico e discriminação.

11 imagens
É importante que o cuidado com a memória seja diário. Por isso, antes de dormir, tente recordar das atividades que fez ao longo do dia
Pratique exercícios específicos para a memória, como jogos com palavras, sudoku, 7 erros, caça-palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças
Consuma alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva. Eles contêm nutrientes que facilitam a memorização e evitam o esquecimento
Utilizar a mão não dominante para realizar atividades como escrever, escovar os dentes, folhear um livro ou abrir uma porta, por exemplo, também pode ajudar na memória
Mude a rota: vá ao trabalho por caminhos diferentes dos habituais, pois quebrar a rotina estimula o cérebro a pensar
1 de 11

Manter o cérebro ativo com atividades estimulantes é uma das principais estratégias que colaboram com a memória. Veja dicas do que fazer!

Robina Weermeijer/Unsplash
2 de 11

É importante que o cuidado com a memória seja diário. Por isso, antes de dormir, tente recordar das atividades que fez ao longo do dia

Freepik
3 de 11

Pratique exercícios específicos para a memória, como jogos com palavras, sudoku, 7 erros, caça-palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças

Gregory Van Gansen/Getty Images
4 de 11

Consuma alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, atum, salmão, chia, linhaça, castanhas, nozes e azeite de oliva. Eles contêm nutrientes que facilitam a memorização e evitam o esquecimento

Getty Images
5 de 11

Utilizar a mão não dominante para realizar atividades como escrever, escovar os dentes, folhear um livro ou abrir uma porta, por exemplo, também pode ajudar na memória

Peter Dazeley/Getty Images
6 de 11

Mude a rota: vá ao trabalho por caminhos diferentes dos habituais, pois quebrar a rotina estimula o cérebro a pensar

Norma Mortenson/Pexels
7 de 11

Consuma bebidas com cafeína - com parcimônia, claro -, como chá verde ou café, para manter o cérebro em alerta, facilitando a captação de informações e a memorização

Getty Images
8 de 11

Mude a localização de alguns objetos que usa muito no dia a dia, como a lixeira e as chaves de casa

imaginima/GETTYIMAGES
9 de 11

Faça uma lista de compras sempre que for ao supermercado, mas procure não usá-la, tentando lembrar o que escreveu

Divulgação
10 de 11

Tome banho de olhos fechados e tente lembrar o local em que ficam os itens do ambiente

Karolina Grabowska/Pexels
11 de 11

Tente ler um livro ou assistir a um filme e depois contar para alguém. Isso vai estimular a concentração e a memória

Freepik

Fatores de risco modificáveis

Segundo os autores do estudo, estima-se que uma redução entre 10% e 25% em fatores de risco modificáveis, como estresse, má alimentação e baixa atividade física, poderia prevenir 1,3 milhões de casos de Alzheimer no mundo todo.

Ainda assim, são necessários mais estudos para entender como aspectos sociais e comportamentais associados ao estresse afetam diferentes grupos para planejar intervenções capazes de prevenir o declínio cognitivo.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?