Estou em home office. Preciso passar protetor solar no rosto?
Durante a quarentena, muitas pessoas estão abandonando o hábito. Especialistas explicam motivos para mantê-lo
atualizado
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“Use filtro solar todos os dias, mesmo no inverno”. Esse é um mantra que os dermatologistas vêm repetindo há anos. Com a pandemia do novo coronavírus, as pessoas estão mais tempo dentro de casa e aproveitam o momento para deixar a maquiagem de lado, então, surge a dúvida: também é indicado descansar dos protetores solares?
A resposta dos especialistas é não. O protetor solar deve ser usado todos os dias. Ainda que dentro de casa, a pele está sujeita aos efeitos danosos dos raios UVA e UVB. O home-office contribui ainda para a exposição excessiva à luz azul, altamente prejudicial à saúde. Ela é emitida por aparelhos eletrônicos como computadores, smartphones, televisões e tablets.
A luz azul contribui para o envelhecimento precoce da pele do rosto e para o aparecimento de manchas. Também agrava melasmas, danifica a produção de melatonina, causa alterações no sono e prejudica a saúde ocular. A médio e longo prazo, a luz azul pode até contribuir para o surgimento de um câncer de pele.
“O protetor solar tem que ser de amplo espectro (contra UVA e UVB e luz visível – que inclui a luz azul) e possuir pigmento, de preferência óxido de ferro”, sugere Cristina Salaro, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do DF. “Para a proteção ideal contra a luz visível, o mais adequado são produtos com cobertura de base, que garantem proteção contra todas as radiações solares. Quanto maior a concentração de pigmento, maior a proteção”, completa.
Pessoas com melasma muito intenso devem intensificar o uso do fotoprotetor oral seguindo recomendações médicas. “Existem vários tipos do produto que ajudam a clarear as manchas, a controlar um pouco mais a pigmentação”, explica a dermatologista e tricologista Angélica Pimenta, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Boa parte dos pacientes dela relatou aumento significativo das lesões e manchas do melasma desde o início da pandemia. “Isso é muito comum acontecer pois as pessoas estão ficando mais tempo na frente de dispositivos móveis”, afirma.