1 de 1 Homem de casaco vermelho e óculos de grau - Metrópoles
- Foto: David Levenson/Getty Images
A longevidade é um tema que atrai a humanidade há milênios. Desvendar o mistério de como viver mais e com qualidade é o principal assunto de estudo do biólogo molecular indiano Venki Ramakrishnan, de 71 anos, ganhador do Prêmio Nobel de Química.
Ramakrishnan e os colegas Thomas A. Steitz e Ada E. Yonath receberam o prêmio em 2009 pela investigação sobre ribossomos, estruturas celulares presentes em células procarióticas e eucarióticas, responsáveis pela síntese de proteínas.
De acordo com o Nobel de Química, o envelhecimento tem uma relação muito forte com a perda da capacidade do corpo de regular a produção e destruição de proteínas nas células. Como resultado, é observado um acúmulo de danos químicos nas moléculas, células, tecidos e em todo o corpo. O processo é gradual e dura até que os sistemas críticos começam a falhar e o organismo para de responder corretamente.
Estilo de vida e longevidade
No livro Por que Morremos: A Nova Ciência do Envelhecimento e a Busca pela Imortalidade, com lançamento programado para março deste ano, Ramakrishnan afirma que para ter uma vida longa é mais importante levar um estilo de vida saudável do que recorrer a fórmulas milagrosas e remédios que prometem aumentar o tempo de vida.
“Comer bem, dormir bem e fazer exercício são atualmente mais eficazes do que qualquer medicamento antienvelhecimento existente no mercado. E não há efeitos colaterais, além de terem uma base biológica sólida contra o envelhecimento”, afirma o pesquisador em entrevista à BBC News Mundo.
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Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos
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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente
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Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismo
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Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como "higiene do sono"?
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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semana
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2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário ideal
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3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolento
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4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamento
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5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sono
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6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noite
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7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram energético, chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão
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8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sono
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9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormir
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10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sono
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Segundo Ramakrishnan, o sono é extremamente importante para a reparação do corpo. Além disso, o ser humano não evoluiu para comer em abundância, o que contribui para doenças relacionadas ao sobrepeso.
“Nossa espécie começou como caçadores e coletores. Comíamos esporadicamente, jejuávamos naturalmente e tínhamos a restrição calórica que mencionei antes. Mas agora comemos mesmo quando não temos fome, e no Ocidente vemos um enorme aumento da obesidade”, explica.
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