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Esterilização de mosquitos Aedes aegypti será testada no Brasil

A técnica utiliza radiação para diminuir a capacidade reprodutiva dos mosquitos. Objetivo é reduzir as populações do inseto a longo prazo

atualizado

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James Gathany/SPL DC/Latinstock
Aedes Aegypti
1 de 1 Aedes Aegypti - Foto: James Gathany/SPL DC/Latinstock

Um método de esterilização de mosquitos Aedes aegypti pode representar queda significativa no número de casos de dengue no futuro. A técnica, criada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em parceria com o Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), esteriliza os mosquitos machos com radiação e será testada no Brasil em 2020.

Primeiro, os pesquisadores criam grandes quantidades de mosquitos machos esterilizados em instalações especiais. Depois, os insetos são liberados para o acasalamento. Como o processo de reprodução não será completo, o resultado é a queda da população de mosquitos com o passar do tempo.

A Técnica de Insetos Estéreis já é utilizada na China. Outros locais endêmicos, como Cabo Verde, México e Tailândia, já demonstraram interesse no método, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o projeto já passou pelas primeiras fases, que consistem em encontrar locais onde há interesse na realização do procedimento. No ano que vem, está prevista a soltura dos mosquitos esterilizados na natureza.

A OMS lançou um guia com recomendações para os países interessados em controlar o Aedes aegypti. Rui Cardoso Pereira, especialista da AIEA, explicou à ONU News que a técnica já deu certo nas iniciativas contra as moscas-do-gado, as moscas-da-fruta e outros insetos. “A primeira fase foi capacitar as pessoas, criar infraestrutura para esses insetos estéreis serem produzidos. O Brasil já tinha uma infraestrutura e usava insetos que eram transgênicos”, acrescentou.

O método foi aplicado pela primeira vez pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, diminuindo as pragas de insetos que atacavam plantações e animais. Outros casos de sucesso são os controles da mosca-da-fruta mediterrânea e da mosca da lagarta do Novo Mundo, feitos no mundo inteiro.

Doenças infecciosas, como dengue, zika, chikungunya e mayaro são transmitidas por mosquitos pertencentes à família Culicidae. As três primeiras são disseminadas pelo Aedes aegypti e, no caso do vírus mayaro, o responsável pela transmissão é o Haemagogus. As doenças podem ser diferenciadas de acordo com alguns sinais, duração dos sintomas e complicações, já que os vírus são diferentes.

A malária, a dengue, a zika, o chikungunya e a febre amarela afetam 17% do total de pacientes de doenças infecciosas em todo o mundo, de acordo com dados da OMS. Mais de 700 mil pessoas morrem a cada ano. (Com informações da ONU News)

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