metropoles.com

Esteatose hepática: como curar doença que aumenta gordura no fígado

Os índices da enfermidade vêm aumentando consideravelmente em todo o mundo por conta de maus hábitos de vida da população

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
gordura figado
1 de 1 gordura figado - Foto: Getty Images

O acúmulo de gordura no fígado, tecnicamente chamado de esteatose hepática, é uma doença silenciosa que pode ser causada por fatores de risco como obesidade, diabetes, colesterol alto e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Ocorre em pessoas de qualquer faixa etária.

“Essa é uma doença negligenciada. Como não manifesta sintomas, muitas pessoas não sabem que estão doentes e só descobrem a disfunção por acaso, quando fazem exames de sangue”, afirma a médica Daniela Antenuzi, da Aliança Instituto de Oncologia. O preocupante é que o depósito excessivo de gordura no fígado pode desencadear enfermidades mais sérias, como cirrose e câncer. A esteatose também tem correlação com doenças cardiovasculares.

Os índices da esteatose vêm aumentando bastante. É considerada a mais frequente doença de fígado da atualidade. Estima-se que entre 20% e 30% da população mundial seja portadora da doença. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 47% dos brasileiros são sedentários. Algumas condições clínicas aumentam as chances de que o paciente tenha gordura acumulada no fígado e não saiba, segundo Daniela. Quem tem pelo menos três das cinco condições a seguir está em risco: tem colesterol alto; é diabético ou pré-diabético; apresenta taxas altas de triglicerídeos; possui muita gordura abdominal; é hipertenso.

O tratamento exige uma mudança de hábitos imediata, com uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios aeróbicos. Daniela explica que a regressão da doença depende de cada organismo e do estágio em que é descoberta. “Não tem remédio para resolver o problema. Algumas medicações apenas ajudam a desinflamar o fígado ou a tratar sintomas de enfermidades complementares”, conta Daniela Antenuzi.

Tratamento à base de alimentos saudáveis
O nutricionista Renato França conta que o cardápio para esses pacientes não pode incluir farinhas refinadas, açúcar ou bebida alcoólica, pelo menos nos primeiros meses de tratamento. Esses itens são responsáveis por agravar o quadro inflamatório do fígado. De acordo com o profissional, a dieta não precisa necessariamente ser low carb, mas é importante planejar o consumo de carboidratos de acordo com a necessidade do paciente.

“Não é um tratamento radical que vai resolver o problema. O paciente precisa alterar o estilo de vida”, afirma França. É possível, segundo ele, mudar o quadro da doença em três ou quatro meses, caso o paciente esteja comprometido.

A dieta precisa incluir uma grande quantidade de alimentos antioxidantes e anti-inflamatórios, além de probióticos. Vegetais como couve-flor, brócolis e couve ajudam o fígado a eliminar o excesso de toxinas.

Frutas de cor vermelha ou roxa, como açaí, morango, framboesa e jabuticaba ,também são ótimos antioxidantes e ajudam a tratar a inflamação. Outro aliado poderoso é o extrato de própolis, barato e eficiente.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?