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“Estamos cansados. Precisamos terminar a pandemia”, diz diretor da OMS

Tedros Adhanom chamou atenção das autoridades às estratégias equivocadas de relaxamento das medidas restritivas da Covid-19

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1 de 1 retrato doutor tedros da oms, colorido - Foto: reprodução Twitter Organização Mundial da Saúde

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta terça-feira (1º/2), que o mundo está cansado da pandemia da Covid-19 e acabar com ela é uma questão de escolha das autoridades mundiais. Para isso, é fundamental que a meta de vacinar 70% das populações de todo o mundo até meados de 2022 seja cumprida.

“Todos estamos cansados. O mundo não aguenta mais e nós precisamos terminar essa pandemia. Temos meios de fazer isso”, disse Adhanom, durante a conferência virtual semanal sobre a Covid-19 da OMS.

“Eu espero que se lembrem, várias vezes falei que terminar essa pandemia não é uma questão de sorte, mas de escolha. Se terminarmos de vacinar 70% da população mundial, aí poderemos terminar a pandemia”, continuou.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

Peter Dazeley/ Getty Images
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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

Uwe Krejci/ Getty Images
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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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O chefe da OMS lembrou que há dois anos fez o anúncio de que o mundo enfrentava uma emergência de saúde pública de interesse internacional, o mais alto nível de alarme da entidade. Na ocasião – em 30 de janeiro de 2020 – havia menos de 100 casos de Covid-19 notificados e nenhuma morte confirmada fora da China.

Atualmente, existem mais de 370 milhões de casos confirmados em todo o mundo, com aproximadamente 5,6 milhões de mortes provocadas pela infecção do coronavírus. Houve um aumento significativo de casos após a descoberta da variante Ômicron, há dez semanas.

“Quase 90 milhões de casos foram relatados à OMS nas últimas semanas, mais do que em todo o ano de 2020. Começamos agora a ver um aumento muito preocupante de mortes na maioria das regiões do mundo”, destacou Adhanom.

Fim das restrições

O diretor da OMS considerou equivocada a decisão de alguns governos de reduzir as medidas restritivas usando a evolução da pandemia em outros países como modelo, ou as evidências de que a variante Ômicron, que é altamente transmissível, é menos letal do que as anteriores.

“Estamos preocupados que uma narrativa tenha se consolidado em alguns países de que, por causa das vacinas e devido à alta transmissibilidade e menor gravidade da Ômicron, a prevenção da transmissão não é mais possível ou necessária. Nada poderia estar mais longe da verdade”, disse.

Na reunião, outros diretores da OMS destacaram a importância de os governos continuarem a incentivar o uso de máscaras, o distanciamento social e a vacinação correta da população.

“Não estamos pedindo que nenhum país retorne ao lockdown. Mas estamos pedindo a todos os países que protejam seus povos usando todas as ferramentas do kit, não apenas as vacinas”, disse Adhanom.

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