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Esquizofrenia: quais são os sintomas da doença do atirador do RS

Homem que matou três pessoas e feriu outras nove tinha esquizofrenia, doença mental que pode levar a surtos psicóticos

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1 de 1 Foto colorida de homem com estetoscópio no cérebro - Metrópoles - covid esquizofrenia - Foto: DebbiSmirnoff/Getty Images

O homem que matou três pessoas e feriu outras nove durante um surto psicótico em Novo Hamburgo, em Porto Alegre (RS), havia sido internado quatro vezes por esquizofrenia. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou que tanto o atirador quanto seu pai, um dos mortos na tragédia, tinham o diagnóstico da doença mental.

A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade (psicose) e pelas alucinações. É comum que os pacientes relatem ouvir vozes e tenham delírios. A doença, que não tem causa conhecida, pode provocar surtos psicóticos e suicidas quando não é corretamente tratada.

“Para as pessoas com esquizofrenia, em um momento de surto, pode haver uma súbita alteração nos neurotransmissores, sobretudo na dopamina, que leva à ruptura da concepção da realidade”, explica o psiquiatra Kayo Barboza, de Salvador (BA).

Quais os sintomas da esquizofrenia?

Os pacientes com esquizofrenia começam a manifestar os primeiros sintomas por volta dos 20 anos. Os gatilhos costumam ser o uso de substâncias entorpecentes ou a vivência de traumas. Os médicos acreditam que predisposições genéticas explicam por que algumas pessoas da mesma família desenvolvem o transtorno mental.

A esquizofrenia pode ter início súbito, ou lento e gradativo. Ainda que a gravidade e a sintomas variem, na maioria das vezes, a pessoa se torna incapaz de cuidar de si mesma caso não siga o tratamento corretamente.

“Trata-se de uma doença em que a pessoa não consegue dar conta da própria vida, mas é claro que existem exceções”, explicou o psiquiatra Ariel Lipman, do Rio de Janeiro, em entrevista anterior ao Metrópoles.

A administração correta e estável dos medicamentos antipsicóticos e o acompanhamento psicológico reduzem os sintomas e, caso ocorram crises, elas são mais facilmente controladas. As mulheres respondem melhor que os homens ao tratamento com medicamentos antipsicóticos.

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Para receber diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, é muito importante consultar um psiquiatra ou psicólogo. Assim que você perceber que não se sente tão bem como antes, procure um profissional para ajudá-lo a encontrar as causas para o seu desconforto

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