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Especialistas contam o que realmente funciona para perder peso rápido

Acompanhamento profissional segue sendo indispensável na orientação para a perda calórica ideal de cada um. Mas valem algumas dicas

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Zave Smith
Mulher ajustando peso da balança
1 de 1 Mulher ajustando peso da balança - Foto: Zave Smith

O começo do ano é uma época tradicional para quem quer tirar do papel o plano de emagrecer. Porém, para perder peso, algumas pessoas acabam se submetendo a medidas, planos e truques muitas vezes drásticos.

A internet está cheia de sugestões e dicas mirabolantes, mas o que, de fato, funciona? O Metrópoles conversou com três especialistas para desvendar se algumas dicas deviam ser seguidas ou não, e definir o que exatamente ajuda a emagrecer de forma segura e rápida. Confira:

1. Banho frio

A exposição ao frio, de acordo com o endocrinologista Bruno Babetto, da clínica Tivolly, em Brasília, exige que o corpo produza mais calor, logo, queime mais caloria.

Porém, a nutricionista Nara Oliveira, da mesma clínica, afirma que banhos frios não são suficientes para perder peso de forma considerável e duradoura. “É necessária a mudança do estilo de vida como um todo”, recomenda.

A nutricionista Denise Ramos, da Science Play, em Brasília, concorda que existe gasto calórico, mas é pouco. Ou seja, tomar banho gelado melhora a disposição, mas não faz muita diferença na perda de peso.

2. Suplementos

Se aliados a uma dieta balanceada e treino, Denise diz que suplementos são excelentes para o emagrecimento, já que é necessário consumir menos calorias, mas continuar com a quantidade ideal de nutrientes no corpo. Algumas substâncias encontradas nas misturas também podem ajudar na perda de peso.

O cromo, por exemplo, é um suplemento alimentar que atua no controle da insulina, ajuda a emagrecer e fornece energia ao corpo. Nara explica que ele faz com que o organismo utilize mais carboidratos como fonte de energia e absorva mais proteínas, incentivando o déficit calórico. Babetto completa que a substância ajuda a controlar a fome e a vontade de comer açúcar.

3. Comer dentro de um horário estabelecido

A organização, de acordo com Nara, sempre será a chave para o emagrecimento eficaz e duradouro. Por isso, é importante distribuir as refeições ao longo do dia — Babetto explica que o ideal é não comer perto da hora de dormir, já que não há tempo para queimar o que foi consumido.

A nutricionista Denise pontua que a chave para o sucesso não é ficar sem se alimentar. “Se juntar a fome com a vontade de comer, pode se arriscar todo o planejamento alimentar. Então, comer no horário certo ajuda neste aspecto”, esclarece.

4. Casa saudável

As nutricionistas concordam que é melhor ter à disposição na dispensa alimentos ricos em proteína, gordura boa, carboidratos, fibras, grãos, verduras, legumes e frutas, do que açúcar e alimentos ultraprocessados.

Babetto pondera que de nada adianta comer bem mas continuar ingerindo o mesmo valor calórico de antes da dieta. O ideal é comer de forma saudável, mas controlando as quantidades.

5. Evitar álcool e sobremesa

Denise diz que não precisa ser drástico e parar de uma vez por todas com o álcool e o açúcar. “Entenda que nos primeiros meses talvez seja importante ser um pouco mais radical. Depois, pode acrescentar alguns furos com moderação para não atrapalhar o resultado”, recomenda.

Nara lembra que cada grama de álcool é transformado em, aproximadamente, sete calorias.

6. Evitar café após meio dia

O excesso de café, principalmente após as 12 horas, pode atrapalhar o sono profundo à noite devido ao excesso da cafeína. Sem o sono reparador, o processo de emagrecimento fica comprometido.

7. Enganar a mente e comer devagar

A tática de usar um prato menor para não comer demais é válida, mas tanto as nutricionistas quanto o endócrino destacam a importância de comer devagar. A velocidade de mastigação ajuda na conexão com o “aqui e agora” e faz com que o cérebro tenha tempo para entender que já está saciado. Então, concentre-se no momento e naquilo que consome.

8. Coma com frequência

Não existe um intervalo certo entre uma refeição e outra, mas fracionar as porções ao longo do dia diminui a vontade de beliscar besteiras. A nutricionista Denise lembra que passar muito tempo sem comer pode criar oportunidade para ingerir quantidades exageradas de comida.

Ela sugere que o paciente adicione volume de alimentos pouco calóricos à dieta para não sentir fome. “É preciso manter constância, essa é a palavra chave”, aponta.

9. Caminhar 10 minutos por dia

Babetto afirma que o ideal são 150 minutos de atividade física aeróbica praticada por semana e que caminhar 10 minutos por dia é pouco.

No entanto, ambas as nutricionistas reconhecem que antes uma caminhadinha diária do que nada. Em caso de sedentarismo, é necessário começar de algum jeito. Depois, avance para exercícios com pesos.

10. Acompanhamento profissional

Melhor do que buscar planos na internet, é o acompanhamento de um profissional capacitado para ajudar no objetivo que fará a diferença. Ele saberá informar a porção ideal para consumir de acordo com a meta do paciente.

11. Não existe alimento milagroso

Nara lembra que não existe alimento A ou B que te fará emagrecer. Não acredite que comer batata doce emagrece, por exemplo. Os especialistas ressaltam que emagrecimento não tem segredo: é preciso ter déficit calórico.

12. Tornar-se vegetariano não resolve

Parar de comer carne não emagrece, e muitos pacientes que se tornam vegetarianos chegam a ganhar peso. Ao abandonar a proteína animal, o indivíduo acaba consumindo maior quantidade de carboidrato.

Porém, a nutricionista Nara considera que é uma ótima estratégia para pessoas que buscam desinflamar o organismo, basta prestar atenção nas quantidades nutricionais.

13. Mascar chiclete

De acordo com Babetto, mascar chiclete para emagrecer é um mito. Na verdade, por normalmente ter açúcar na fórmula, ele explica que o produto pode causar o efeito contrário. O hábito de mascar chicletes em excesso também pode fazer mal ao estômago, podendo gerar problemas como a gastrite.

Nara sugere que no lugar do chiclete, o paciente beba água. “Muitas vezes os sinais de desidratação são bem parecidos com o da fome. Mantenha o consumo hídrico de 35ml de água por kg de peso ao dia”, aconselha.

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