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Escoliose em adolescente é mais comum em meninas. Saiba identificar

Médico especialista em coluna destaca tipos de escoliose, consequências, diagnóstico e formas de tratar o problema na coluna

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Imagem colorida mostra adolescente de costas, com as mãos na coluna, em quarto decorado em rosa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra adolescente de costas, com as mãos na coluna, em quarto decorado em rosa - Metrópoles - Foto: GettyImages

Durante o trabalho ou até mesmo no lazer, é comum que as pessoas esqueçam de corrigir a postura e assumam uma posição torta e desconfortável. Dados revelam que de 2% a 4% da população mundial não consegue manter o corpo ereto e alinhado devido a uma condição causada pela curvatura anormal na coluna, a escoliose.

Alguns sintomas da escoliose são os ombros e quadris assimétricos, dores nas costas e coluna curvada para o lado em formato de S ou C. O problema ortopédico é caracterizado pela alteração da curvatura da coluna vertebral, que pode progredir para problemas cardíacos e afetar a capacidade pulmonar.

Segundo o ortopedista Breno Frota, as causas da escoliose podem ser congênitas, idiopáticas ou adquiridas. Na primeira, a alteração apresenta-se desde o nascimento, e pode decorrer de uma malformação das vértebras ou da medula espinhal, o que causa o crescimento errado das vértebras.

a escoliose idiopática, que é a forma mais comum da condição e com maior predominância no sexo feminino, tem causa desconhecida. “Ela acomete mais as meninas do que os meninos, e costuma aparecer em crianças com idade entre nove e 15 anos, período onde os sintomas são mais evidentes”, explica o médico.

Imagem colorida de raio x que mostra coluna com escoliose - Metrópoles
A escoliose é caracterizada pela alteração da curvatura da coluna vertebral que pode progredir para problemas cardíacos e afetar a capacidade pulmonar

“A diferença de incidência é em decorrência de mudanças hormonais. É importante ressaltar que o histórico familiar também está relacionado ao grupo de risco, uma vez que existem casos de escoliose em membros da mesma família”, afirma Frota.

O especialista em coluna destaca que a escoliose adquirida pode ter origem em diversos fatores, como lesões na coluna vertebral, doenças neuromusculares, má postura e distúrbios ósseos ou musculares. “Esse tipo de escoliose pode afetar pessoas de diferentes faixas etárias e tende a progredir se não for tratado”, diz o médico.

Algumas condições médicas, como paralisia cerebral, distrofia muscular ou doença de Scheuermann (que é uma anormalidade na hipercifose dorsal), também podem aumentar o risco de desenvolver escoliose adquirida.

Diagnóstico

O diagnóstico da escoliose é realizado por meio de uma avaliação física completa, que inclui análise da coluna vertebral, ombros, quadris e cintura escapular. O ortopedista avalia o paciente com o teste de Adams, no qual ele é observado enquanto se inclina para frente para verificar se há assimetria ou protuberância anormal das vértebras e costelas.

Quando necessário, o profissional pode solicitar exames complementares, como radiografias específicas da coluna vertebral para escoliose, além de ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

Tratamento

O tratamento depende da idade do adolescente, da probabilidade de progressão da doença e do ângulo de curvatura da coluna durante a fase de crescimento ósseo. O ortopedista explica que o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico.

“Cada caso e condição específica devem ser discutidos com o médico especialista. No caso do tratamento conservador, é orientado ao adolescente e à família observar se o desvio não está em progresso”, diz Frota.

Também é indicado o uso de coletes ortopédicos para escoliose. Existem vários tipos, que são utilizados em crianças e adolescentes em fase de crescimento para acompanhar a evolução óssea da coluna e controlar a curva escoliótica.

Além disso, é possível solicitar exames de raio-X para monitorar o grau da curva. “Já a cirurgia é indicada para escolioses mais graves, com curvas acima de 40°, desvio do eixo do tronco ou compressão pulmonar causada pelo problema na coluna, o que causa desconforto respiratório”, afirma Frota.

O ortopedista aponta algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver escoliose:

  • Prestar atenção ao histórico familiar: caso você tenha parentes com escoliose ou que apresentem sintomas como dor nas costas ou desigualdade nos ombros, procure um médico para avaliação;
  • Manter uma postura correta ao sentar e ao usar dispositivos eletrônicos, além de evitar carregar mochilas pesadas em apenas um ombro;
  • Adotar um estilo de vida saudável, seguir uma dieta equilibrada e realizar exercícios regulares que fortaleçam a musculatura das costas.

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