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Esclerose múltipla: médica esclarece mitos e verdades sobre a doença

Neurologista esclarece três mitos que cercam a esclerose múltipla. A doença é autoimune e atinge milhares de brasileiros

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Médico aponta para raio-x com imagens de cérebro - Metrópoles
1 de 1 Médico aponta para raio-x com imagens de cérebro - Metrópoles - Foto: Getty Images

O Agosto Laranja é uma campanha criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a esclerose múltipla (EM), condição neurológica com casos que variam de quadros leves a muito graves. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40 mil brasileiros vivem com a doença no país.

A esclerose múltipla ainda é tratada pela sociedade com muito receio, e por isso é cercada de diversos tabus. A neurologista Inara Taís de Almeida, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, ajuda a esclarecer alguns mitos e verdades sobre a doença.

“A esclerose múltipla é mais comum em idosos”

Mito. Muita gente acredita que a EM é uma doença que atinge mais a terceira idade, porém, a maioria dos diagnósticos acontece entre os 20 e 40 anos. “Além disso, as mulheres ficam mais doentes do que os homens, com a proporção de três mulheres para cada homem acometido pela doença. Apesar de ainda não se saber a razão, acredita-se que os hormônios podem ter ligação com o diagnóstico”, explica a neurologista.

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados
Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas
Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre
As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição
Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença
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Esclerose múltipla é uma doença autoimune, neurológica e crônica que gera alteração no sistema imune de quem a possui. A condição faz com que as células de defesa do corpo humano ataque o sistema nervoso central e, como consequência, provoque lesões musculares e cerebrais

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Em outras palavras, a condição resulta em danos permanentes com a destruição dos nervos, o que leva a problemas de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sinais iniciais da doença dependem de quais nervos foram afetados

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Fraqueza muscular, sensação de dormência ou formigamento em braços e pernas, cansaço extremo e lapsos de memória são comuns. Além desses, fala lentificada, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas, visão embaçada ou dupla, tremores e dificuldade para engolir são alguns dos principais sintomas

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Esses sintomas surgem ao longo da vida com a progressão da esclerose múltipla, sendo mais evidentes durante os períodos conhecidos como crise ou surtos da doença. Além disso, eles podem ser agravados quando há exposição ao calor ou febre

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As causas da doença ainda são desconhecidas. No entanto, sabe-se que os sintomas estão relacionados com alterações imunológicas. Estudos apontam que ter entre 20 e 40 anos, ser mulher, ter casos da doença na família, ter baixos níveis de vitamina D e doença autoimune são alguns dos fatores associados à condição

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Por ter origem desconhecida até o momento, não existe cura para a esclerose múltipla. Contudo, há tratamentos que ajudam a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença

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O tratamento da esclerose múltipla é feito com medicamentos indicados pelo médico que ajudam a evitar a progressão, diminuir o tempo e a intensidade das crises, além de controlar os sintomas

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A fisioterapia também é importante para controlar os sintomas, pois permite que os músculos sejam ativados, evitando a fraqueza nas pernas e a atrofia muscular. Ela é feita por meio de exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular

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Ao contrário do que possa imaginar, a esclerose múltipla não é uma doença tão rara assim. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), a estimativa é de que 40 mil pessoas possuem a doença apenas no Brasil. No mundo inteiro, segundo o Ministério da Saúde, esse número sobe para 2,8 milhões

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 “Pessoas da mesma família com EM têm mais chances de desenvolver a doença”

Verdade. Apesar da EM não ter causa conhecida, os estudos mostram que existe um componente genético. Isso quer dizer que se alguém da família tiver EM, um familiar de primeiro grau terá 1 a 5% de chance de também desenvolver a doença, como aponta a especialista.

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