Esclerose lateral amiotrófica: apenas 10% dos casos são genéticos
Esclerose lateral amiotrófica (ELA) ainda tem causa pouco conhecida, mas maioria dos casos está relacionada ao estilo de vida do paciente
atualizado
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A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica progressiva que afeta os neurônios, as células nervosas responsáveis por transmitir sinais do cérebro aos músculos voluntários.
O grupo muscular desempenha um papel crucial no movimento das extremidades, na fala, respiração e alimentação — a condição é conhecida por paralisar o paciente aos poucos enquanto o cérebro continua funcionando normalmente.
Segundo o neurologista Carlos Wagner Pereira Júnior, do hospital Anchieta de Brasília, do grupo Kora Saúde, a ELA é mais comum nos homens, com a proporção de 1,5 diagnósticos entre eles para cada mulher. A incidência no Brasil é de um caso por ano para cada 50 mil, o que caracteriza a doença como rara.
“Apesar da baixa incidência, a manifestação da condição impacta muito a vida do doente e a dos familiares, porque a ELA causa uma incapacidade física aguda”, afirma o neurologista. Ele acrescenta que a sobrevida é bastante variável, uma vez que depende da forma da esclerose. Ela é dividida em casos esporádicos e familares.
A esclerose lateral amiotrófica é uma doença incurável, cujas causas ainda são pouco compreendidas. No entanto, estima-se que de 5% a 10% dos casos possuam algum componente genético danificado. A maioria dos diagnósticos, porém, é desencadeada de forma esporádica e está relacionada ao estilo de vida do paciente.
Diante do risco associado à rotina, é recomendado adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos, como forma de retardar o aparecimento dos primeiros sintomas da doença, que geralmente se manifestam após os 50 anos de idade.
Sintomas da esclerose lateral amiotrófica
Além de causar ao paciente a incapacitação física, a ELA também pode apresentar sintomas cognitivos, como problemas de memória e dificuldade de raciocínio. Outros sintomas da doença são:
- Engasgos frequentes;
- Gagueira (disfemia);
- Cabeça caída;
- Cãibras musculares;
- Contrações musculares;
- Perda de peso;
- Alterações da voz;
- Rouquidão;
- Problemas de dicção – como um padrão de fala lento ou anormal.
Tratamento da esclerose lateral amiotrófica
Os tratamentos disponíveis atualmente têm como objetivo principal retardar a progressão da doença e aliviar os sintomas. O atendimento é multidisciplinar e inclui sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Além de abordagens terapêuticas, também são utilizados equipamentos tecnológicos que contribuem para o bem-estar do paciente, como respiradores, ventiladores e dispositivos de comunicação assistida. Recursos assim auxiliam no controle dos sintomas e na manutenção da qualidade de vida do indivíduo.
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