Enxaqueca pode ser tratada sem uso de remédios, afirma neurologista
Médico explica que enxaqueca pode ser tratada sem medicamentos. Uma das formas é a estimulação elétrica cerebral transcraniana
atualizado
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A incidência de efeitos colaterais provocados por medicamentos contra enxaqueca causa certa resistência do público que precisa usar os remédios. Porém, apesar de a condição ser muito dolorosa, é possível tratá-la sem o uso de fármacos.
O neurologista Márcio Siega, da clínica Modulador, em Brasília, destaca a estimulação elétrica cerebral transcraniana, que utiliza um aparelho no couro cabeludo para estimular o cérebro, como uma das melhores opções.
“Outra opção é a estimulação elétrica periférica, ou eletroacupuntura, na qual eletrodos são colocados em pontos estratégicos para auxiliar o corpo na liberação de serotonina e endorfina. O biofeedback, que consiste em um fio condutor plugado no dedo ou na orelha e conectado a uma televisão, permite ao paciente controlar a respiração como se fosse uma meditação guiada, o que cria a sensação de bem-estar pleno”, explica o neurologista.
Siega também ressalta a possibilidade de aplicação de laser ou fotobiomodulação. “Em pontos dolorosos, o laser auxilia no alívio da dor e promove a regeneração do tecido tratado”, afirma.
O neurologista explica que existem exercícios específicos para liberar a musculatura da região cervical ou da mandíbula, que possui grande associação com as dores de cabeça. Além disso, as auto-massagens podem ajudar a aliviar a enxaqueca.
“Também orientamos a prática de exercícios físicos adequados”, aponta Siega. Cerca de 150 minutos de atividades físicas moderadas podem ajudar a prevenir a enxaqueca quando associadas a atividades de força na região cervical.
O especialista lembra ainda que o paciente com enxaqueca pode evitar crises mantendo a higiene do sono, se alimentando corretamente, evitando jejum prolongado e controlando a ansiedade”, completa o neurologista.
O que é a enxaqueca?
A enxaqueca é uma forma de dor de cabeça que afeta pessoas com predisposição genética. As intensas dores frequentemente deixam o indivíduo incapaz de realizar suas atividades.
Embora não haja uma idade predominante para o aparecimento da condição, ela se torna mais comum na adolescência e na vida adulta. As mulheres são mais propensas a manifestar os sintomas.
Não existe uma causa específica para o desencadeamento da crise de enxaqueca, mas alguns fatores como jejum prolongado, insônia, consumo excessivo de açúcar, chocolate, queijos fortes, embutidos, café e bebidas, tabagismo e alterações hormonais podem funcionar como gatilhos para as dores. Os sintomas podem incluir:
- Dores latejantes;
- Vômitos;
- Incapacidade de abrir os olhos devido à sensibilidade à luz.
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