Entidade médica não recomenda dose de reforço contra Covid no Brasil
Boletim da AMB informa que ainda não há dados que sustentem revacinação e reitera a importância da imunização em massa para evitar variantes
atualizado
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O boletim extraordinário da Associação Médica Brasileira (AMB), divulgado nesta segunda-feira (12/7), apontou que ainda não há dados científicos suficientes para justificar a revacinação contra a Covid-19 no Brasil.
O documento reafirma que o foco do país deve ser o avanço da imunização em massa, uma vez que todos os quatro imunizantes aprovados e administrados no Brasil — Coronavac, Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Janssen — têm mostrado elevada eficácia nas pesquisas clínicas e previnem contra as formas graves e óbitos pelo vírus.
“Os dados atualmente disponíveis demonstram que as quatro vacinas apresentam efetividade para evitar a Covid-19 grave e óbito entre 80 e 95%, resultado muito bom para proteção das pessoas, diminuindo a sobrecarga ao sistema de saúde público e privado”, informa o boletim.
“Enquanto a vacinação completa da maioria da população-alvo não acontece, a vacinação de reforço (terceira dose) de apenas alguns brasileiros não é recomendada, até porque vários estudos seguem em andamento para elucidar esta pergunta, que neste momento ainda não têm resposta”, acrescentam os especialistas.
Embora não observe necessidade de revacinação como um reforço ao sistema imune, uma das preocupações da entidade é com a disseminação de cepas mais transmissíveis do coronavírus, como a variante Delta.
De acordo com a AMB, a vacinação em massa e veloz, ainda acompanhada do distanciamento social e uso de máscaras, é o caminho para que o país supere a pandemia. “Por isso, é indispensável que todo cidadão receba sua vacina, independentemente de qual das quatro atualmente disponíveis, assim que for chamado para ser imunizado”, destaca o boletim.
Nesta mesma segunda-feira (12/7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou de forma crítica sobre países ricos que estão encomendando mais doses de reforço para suas populações já vacinadas enquanto outros países não receberam os imunizantes contra o vírus. O órgão também chamou a atenção para a importância da vacinação global para controlar o espalhamento das variantes.
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