Entidade médica desmente Bolsonaro sobre relação entre vacina e HIV
O presidente afirmou durante uma live que pessoas completamente imunizadas contra Covi-19 estariam desenvolvendo Aids mais rápido
atualizado
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A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota afirmando que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids)”. O documento divulgado neste domingo (24/10) desmente a fala do presidente Jair Bolsonaro durante a live semanal na última quinta-feira (21/10).
Durante a exibição, ele pega uma folha e diz que vai comentar notícias. “Mas não é apenas notícias de jornal, nós checamos a veracidade aqui”, afirma. Na sequência, ele lê uma folha que parece ter sido impressa de um site, e aponta a relação entre a vacina contra Covid-19 e o desenvolvimento da Aids.
“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, (ou seja,) aqueles com 15 dias após a segunda dose, estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido que o previsto”, leu. Em seguida, ele recomendou a leitura da matéria e disse que não o faria porque poderia ter problemas.
Após repercussão da live, o governo britânico e especialistas desmentiram o caso. Assim como fez oficialmente a SBI neste domingo. “Repudiamos toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”, afirmaram.
IMPORTANTE || “Pessoas que vivem com HIV/AIDS devem ser completamente vacinados para COVID-19. Destacamos inclusive a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias.”
Leia a nota de esclarecimento | https://t.co/xjp40B6c4t pic.twitter.com/eIFCJNXj89— Sociedade Brasileira de Infectologia (@SBInfectologia) October 24, 2021
No texto, a instituição ressalta ainda que as pessoas que vivem com HIV/Aids devem tomar as duas doses da vacina. Além disso, destacam que quem pertence a esse grupo também precisa tomar a dose de reforço (terceira dose) após 28 dias da segunda.