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“Entender a origem da Covid é um imperativo moral”, diz Tedros, da OMS

Diretor-geral da OMS cobra ações para prevenir futuras pandemias e para dar respostas a milhões de vítimas do coronavírus

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diretor-geral da OMS falando em microfone com fundo branco
1 de 1 diretor-geral da OMS falando em microfone com fundo branco - Foto: GettyImages

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na noite desse sábado (11/3), que entender as origens do coronavírus é um “imperativo científico e moral”. A declaração foi dada no mesmo dia em que se completaram três anos desde que o chefe da OMS usou pela primeira vez a palavra “pandemia” para descrever o surto global de Covid-19.

De acordo com Ghebreyesus, as descobertas contribuirão com a prevenção de futuras pandemias e darão uma resposta às famílias de pessoas que perderam suas vidas ou que permanecem com sintomas de longa duração associados à Covid longa.

“Entender as origens da Covid-19 e explorar todas as hipóteses permanece um imperativo científico, para nos ajudar a prevenir futuros surtos, e moral, pelo bem das milhões de pessoas que morreram e daquelas que vivem com a Covid longa”, escreveu o líder da OMS no Twitter.

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo
Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais
Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar
A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus
Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo
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Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada

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Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo

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Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais

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Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar

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A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírus

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Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabelo

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Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma "segunda onda" dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo

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Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a dia

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Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecção, uma covid longa

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Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram Covid-19 para chegar às complicações mais comuns

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O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%

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Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedade

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O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonar

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Vazamento de laboratório

No fim de fevereiro, um diretor do FBI afirmou em entrevista à Fox News que, provavelmente, um vazamento não intencional de um laboratório em Wuhan, na China, deu origem à pandemia de Covid-19, aumentando a tensão acerca do tema.

Christopher Wray acusou o governo chinês de “fazer o possível para tentar frustrar e ofuscar” os esforços dos Estados Unidos e de outros países para aprender mais sobre as origens da pandemia. Pequim nega as acusações.

Enquanto isso, cresce a pressão sobre a OMS para chegar a uma resposta sobre o início da transmissão do coronavírus. A agência de saúde da ONU mandou uma equipe de cientistas à China em 2021 para investigar as origens da pandemia e, em relatório, eles informaram que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal, mas eram necessárias mais pesquisas.

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